O inquérito sobre a falsificação de certificado de vacina que envolve Bolsonaro e Mauro Cid deve ser finalizado ainda nesta quinzena de março -  (crédito: Joe Raedle/Getty Images via AFP)

O inquérito sobre a falsificação de certificado de vacina que envolve Bolsonaro e Mauro Cid deve ser finalizado ainda nesta quinzena de março

crédito: Joe Raedle/Getty Images via AFP

O inquérito sobre a falsificação de certificado de vacina que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid deve ser finalizado ainda nesta quinzena de março. Na sequência vem o caso da entrada ilegal das joias sauditas no Brasil. Já o caso da tentativa de golpe de Estado, considerado por advogados do ex-presidente como o único com potencial de levar Bolsonaro à prisão, deve entrar na fase de indiciamentos até o meio deste ano.

 

O depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes, que confirmou à Polícia Federal (PF) que participou de reuniões em que foram discutidas os termos da "minuta do golpe", foi considerado “consistente” e “revelador”. As informações são da jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.

Entretanto, apesar do general ter confirmado a existência de discussões sobre a minuta golpista, segundo a colunista do Correio Braziliense Denise Rothenburg, o depoimento do militar não muda o roteiro dos ministros do Supremo Tribuna Federal (STF) a respeito do processo de apuração sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pois a ideia é não queimar etapas do devido trâmite processual. Portanto, qualquer pedido de prisão só virá depois de transitado em julgado.

 

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No último depoimento prestado por Bolsonaro, no dia 22 de fevereiro, o ex-presidente se manteve em silêncio. A oitiva ocorreu no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva na saída da PF, o advogado da equipe de Bolsonaro, Paulo Bueno, alegou que o ex-presidente "nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista".

 

"Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício constitucional silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos", apontou.