Yad Vashem, o Memorial do Holocausto, em Jerusalém -  (crédito: Gary Todd/Flickr)

Yad Vashem, o Memorial do Holocausto, em Jerusalém

crédito: Gary Todd/Flickr

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Advertências a embaixadores são normalmente feitas nas sedes das chancelarias, mas nesta segunda-feira (19) o Ministério das Relações Exteriores de Israel mudou o protocolo e fez sua nova reprimenda ao Brasil no Yad Vashem, o Memorial do Holocausto. 

Foi um recado claro e simbólico: criado em 1953 pelo Parlamento local --portanto, poucos anos após a criação do Estado de Israel--, o memorial em Jerusalém reúne vários museus, centros de pesquisa e educação sobre o Holocausto nazista, que matou 6 milhões de judeus. 

No local estiveram o chanceler Israel Katz e o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer. O ministro israelense deu declarações à imprensa e também mostrou ao diplomata brasileiro a lista com nomes de seus próprios familiares vítimas do regime de Adolf Hitler.

 

Meyer foi convocado por Katz neste domingo (18) pouco após o presidente Lula (PT) declarar que via semelhanças entre as ações de Israel na Faixa de Gaza e as ações de Hitler contra os judeus. Katz disse que o diplomata seria convocado para "uma conversa de repreensão". 

Foi no Yad Vashem que ele anunciou Lula como a mais nova "persona non grata" do Estado de Israel.