Ministro Alexandre de Moraes, na decisão, apontou que houve planejamento e busca por apoio para realizar um golpe de Estado -  (crédito:  Antonio Augusto/SCO/STF)

Ministro Alexandre de Moraes, na decisão, apontou que houve planejamento e busca por apoio para realizar um golpe de Estado

crédito: Antonio Augusto/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou, nesta sexta-feira (9/2), o sigilo da gravação de uma reunião, realizada a três meses das eleições, na qual o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros teriam tramado um suposto golpe de Estado.

O vídeo foi citado na investigação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã dessa quinta-feira (8/2) para apurar tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. Na reunião, Bolsonaro e auxiliares discutem cenários para evitar uma eventual vitória do então candidato petista Lula.

Entre os alvos da operação, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, o general Augusto Heleno, os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além de outros militares e aliados políticos de Bolsonaro.

Trechos da gravação já haviam vazado na imprensa. Em um deles, Bolsonaro diz: "Eu vou entrar em campo usando o meu exército, meus 23 ministros (...) Nós não podemos esperar chegar 23, olhar para trás e falar: o que que nós não fizemos para o Brasil chegar à situação de hoje em dia?", afirmou Bolsonaro nessa reunião, segundo a transcrição feita pela PF.

Moraes afirma que a decisão de derrubar o sigilo foi tomada "diante de inúmeras publicações jornalísticas com a divulgação parcial e editada de trechos da reunião".