Operação deflagrada nesta quinta-feira (25/1) tem 21 mandados de busca e apreensão -  (crédito: Divulgação/ Polícia Federal)

Operação deflagrada nesta quinta-feira (25/1) tem 21 mandados de busca e apreensão

crédito: Divulgação/ Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) cumpre dois mandados de busca e apreensão em Minas Gerais no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de autoridades. Os agentes iniciaram a tarefa na manhã desta quinta-feira (25/1) e cumprem 21 diligências no país, sendo uma em São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes, e uma em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Além das duas cidades mineiras, a operação acontece em Brasília, onde há 18 mandados de busca e apreensão, e no Rio de Janeiro, onde há uma ordem da PF. A ação tem como objetivo investigar ações de uma organização criminosa que se instalou na Abin para monitorar ilegalmente autoridades, jornalistas e políticos. As ações teriam acontecido sob o mandato de Jair Bolsonaro (PL) na presidência da República.

As ações desta quinta foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entre os alvos está Alexandre Ramagem, ex-delegado da Polícia Federal e diretor-geral da Abin entre 2019 e 2022, nomeado por Bolsonaro. Ele foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro filiado ao PL, legenda do antigo chefe.

A Vigilância Aproximada é uma continuação dos inquéritos da Operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado. Os trabalhos da época indicaram que a organização criminosa instalada na Abin usou ferramentas da agência para produzir informações utilizadas com fins políticos e midiáticos, além de interferir em investigações da Polícia Federal.