Senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra dos Direitos Humanos de Bolsonaro, chamou a suspensão de ato que beneficia líderes religiosos de perseguição -  (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Senadora afirmou que a democracia passa por "dias sombrios"

crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que a operação da Polícia Federal contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), deflagrada nesta quinta-feira (18/1), é “preocupante” e representa “dias sombrios para a democracia brasileira”. A parlamentar prestou solidariedade ao colega, que é líder da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

“Preocupante a realização de uma operação da Polícia Federal contra um parlamentar líder de oposição por manifestações de opinião, lembrando que trata-se de um representante eleito pelo povo. Enquanto isso, acompanhamos sentenças em processos sobre crimes de corrupção sendo anuladas e modificadas pela mesma Corte que determinou a busca e apreensão no gabinete parlamentar”, disse Damares.

 

 

Jordy foi alvo da operação Lesa Pátria, que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Na atual fase das diligências da PF, os investigadores atuam contra possíveis financiadores e mandantes dos ataques aos Três Poderes. O gabinete do deputado bolsonarista, na Câmara dos Deputados, em Brasília, foi investigado pelos agentes da polícia federal.

Pelas redes sociais, o parlamentar disse que foi acordado com um “fuzil no rosto”. “"Os agentes foram até educados. Eu falei onde estava minha arma, pegaram meu celular, tentaram buscar outras coisas que pudessem me incriminar, mas não encontraram nada”, disse Jordy.

 

O parlamentar afirma que a ação da PF tem por objetivo “intimidar”, “perseguir” e “criar narrativa às vésperas da eleição municipal”. “Esse mandado de busca e apreensão, que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, é a verdadeira constatação que nós estamos vivendo em uma ditadura”, frisou.

 

Outros parlamentares do núcleo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também demonstraram indignação contra a operação.

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que a ação é uma “perseguição política combinada com sorriso de vingança no canto da boca”. “Quem não sabe conviver com as diferenças não está preparado para viver em democracia”, escreveu.

 

O deputado federal Marcos Feliciano (PL-SP), disse que a operação é uma “verdadeira caça às bruxas”. “Estamos em um Estado de exceção. Há uma Ditadura em andamento. Este é o fim do estado democrático de direito”, disse.