A ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy -  (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy

crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

Após conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, aceitou voltar para o PT para compor a chapa de Guilherme Boulos (Psol), como vice. Na última segunda-feira (8/1), ela compareceu ao ato no Congresso, marcando um ano dos ataques aos Três Poderes, e seu retorno ao partido foi muito especulado nos bastidores. Marta evitou responder questionamentos, mas parlamentares do PT já davam o retorno como certo.

O deputado Rui Falcão (PT-SP), que esteve presente na reunião no Palácio do Planalto, afirmou que o “caminho está posto” para o retorno de Marta ao PT.

Marta, que foi prefeita da capital paulista de 2001 a 2004, articula a volta à legenda desde o ano passado. Atualmente, ela é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição disputando contra Boulos. Para se filiar ao PT novamente e concorrer à vice-prefeitura, ela terá de deixar o cargo.

Marta é demitida por prefeito de SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teria reagido negativamente ao acordo feito pelo presidente Lula, em reunião no Planalto na segunda-feira (8/1), de filiar novamente Marta Suplicy ao PT para que ela se una a chapa de Guilherme Boulos (Psol) como vice. Ele teria entregado uma carta de demissão para Marta, que é secretária de Relações Internacionais de sua gestão.

Nunes teria se irritado com a reunião de Marta com Lula e, segundo a rádio CBN, o prefeito alegou “quebra de confiança” para demitir Suplicy. A carta é vista como uma estratégia de marketing da campanha de Nunes, que busca a reeleição.

Aliados do emedebista afirmam nos bastidores que Nunes teria se sentido traído por uma articulação feita "pelas costas" e que Marta foi uma grande decepção.

Marta Suplicy deixou o PT em 2015 e deverá passar por desconfortos dentro do partido. Na época, ela saiu afirmando que a sigla foi parte de “un dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”, se referindo à Operação Lava-Jato.

Petista por 33 anos, foi deputada federal, prefeita de São Paulo, senadora, ministra do Turismo no segundo mandato de Lula e da Cultura no governo Dilma Rousseff.

Como senadora, votou favorável ao impeachment de Dilma. Marta concorreu à prefeitura da capital Paulista em 2016, pelo MDB, mas ficou em quarto lugar, com 10,14% dos votos válidos. Naquele ano, João Doria, do PSDB, venceu o pleito.

Sobre o atual ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, avaliou ter feito uma “péssima” gestão da cidade.