Flávio Bolsonaro (esq), Queiroz (ao centro, fazendo 'arminha') e Jair Bolsonaro (à dir) -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Flávio Bolsonaro (esq), Queiroz (ao centro, fazendo 'arminha') e Jair Bolsonaro (à dir)

crédito: Reprodução/Redes sociais

Fabrício Queiroz, que já foi assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acusa a família Bolsonaro de "ingratidão" e disse à Veja que o "castigo vem a cavalo".

O QUE QUEIROZ DISSE

Queiroz afirmou ter sido "abandonado" por Bolsonaro após o amigo ser eleito presidente da República. Em entrevista à Veja, o ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) destacou que, "mesmo" se fosse "bandido", a família não deveria deixá-lo de lado.

"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle. Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo", disse Queiroz.

O ex-policial queixa-se, especialmente, de não ter recebido apoio da família Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro. Sem o endosso do então presidente, ele saiu derrotado das urnas. "Queria muito o apoio deles para poder ganhar a eleição, mas não forcei a barra", afirmou.

Queiroz, que um dia foi do círculo mais íntimo da família, disse acreditar que Bolsonaro "se arrepende de ter sido presidente". "Só está tomando porrada", teve a família "exposta e não foi reeleito ao cargo".

Em relação a supostas irregularidades envolvendo os Bolsonaros, Queiroz diz não ter nada a dizer. "Ficam me cobrando isso. Eu sempre digo: 'vou inventar?' Vão dizer que quero extorquir e chantagear".

Queiroz e Bolsonaro cortaram laços após o ex-policial ser acusado de operar um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Na época, o filho do ex-presidente era deputado estadual na Alerj. Flávio e Queiroz entraram na mira do Ministério Público do Rio e foram apontados como líderes de uma organização criminosa. A Justiça, entretanto, anulou a denúncia contra os dois ?o MP tenta dar continuidade às investigações no caso envolvendo o filho "01" do ex-presidente.