Gabriel Azevedo durante depoimento no processo de cassação, no início de novembro -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Gabriel Azevedo durante depoimento no processo de cassação, no início de novembro

crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press

A comissão processante aprovou, na tarde desta terça-feira (28/11), o texto do parecer final que pede pela cassação de mandato do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido). Com o aval dado ao relatório, cabe agora ao 1º vice-presidente da casa, Juliano Lopes (Agir) convocar uma sessão para votar, em plenário, pela perda do mandato do vereador.

A comissão é formada por Janaína Cardoso (União Brasil), que preside o grupo, Professora Marli (Progressistas), e Iza Lourença (PSOL), que não estava presente na reunião desta tarde. Janaína e Marli votaram a favor do relatório, que acatou todas as denúncias oferecidas por Nely Aquino (Podemos), hoje deputada federal e ex-presidente da Câmara.


Gabriel é acusado de abuso de autoridade e agressões verbais a colegas de Câmara. Entre as denúncias destacam-se a suposta falsificação de assinatura do ex-corregedor do Legislativo municipal, Marcos Crispim (Podemos) para arquivar um outro pedido de cassação contra o presidente da Câmara; a ação ielgal na instauração de uma segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha

Em nota, Gabriel Azevedo afirmou que “aguarda, com tranquilidade, o desfecho do processo”. Procurado pela reportagem, Juliano Lopes disse que pretende convocar uma reunião em plenário para que os vereadores apreciem o relatório de cassação. O vice-presidente da Câmara informou que já acionou sua equipe jurídica e, até esta quarta-feira (29/11), deve divulgar a data para a votação.

São necessários 28 votos entre os 41 vereadores para aprovar a derrubada de Gabriel Azevedo. As denúncias partiram da ex-aliada Nely Aquino. Também do lado oposto do presidente da Câmara está o Secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), desafeto do vereador e filho da relatora do pedido de cassação, Professora Marli.

No início do mês, em resposta a perguntas da Comissão Processante, Gabriel Azevedo tratou a movimentação pela cassação como uma ‘tentativa de assassinato político’. O processo foi iniciado em setembro, após autorização da maioria da casa.

"Tudo isto que nós estamos passando faz parte de um processo de tentativa de assassinato político da minha reputação e de uma tentativa de colocar o parlamento de joelhos, com a retirada brutal deste vereador da Presidência da Câmara", disse em depoimento.