Mauro Cid disse, em sua delação premiada, que Michelle Bolsonaro incitava Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado -  (crédito: Zack Stencil / PL)

Mauro Cid disse, em sua delação premiada, que Michelle Bolsonaro incitava Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado

crédito: Zack Stencil / PL

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) debochou da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Durante evento do Partido Liberal Mulher, no Espírito Santo, neste sábado (11/11), Michelle comentou sobre as declarações de Cid, que afirmou que ela e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) incitavam o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado. No mesmo evento, Michelle também disse que "ressignificou" o papel de primeira-dama e, sem citar nomes, disparou indiretas para a primeira-dama Janja.

"Ontem mesmo, antes de chegar aqui, recebi uma mensagem que meu enteado Duda e eu estávamos incitando golpe. Golpe? Eu? Incitando golpe? Qual arma? Minha bíblia poderosa?", debochou a ex-primeira-dama. Na sequência, Michelle disse que "dá golpe", durante os seus treinos de luta, e mostrou alguns movimentos. "Esse é o único golpe que eu dou, todas as terças-feiras", disse Michelle ao mostrar os golpes.

Na ocasião, Michelle disse que a imprensa "inventa mentiras e narrativas" sobre ela todos os dias. No evento, a ex-primeira-dama também afirmou que sabe do seu "caráter" e sua "índole" e que a verdade sempre vai "prevalecer".

Indiretas para Janja

Ainda no evento, Michelle disse que "ressignificou" o papel de primeira-dama no país. Sem citar nomes, ela disse que a "vocação" de algumas pessoas é apenas "viajar".

"Fiquei quatro anos ali dentro trabalhando incansavelmente. E eu tenho muito orgulho disso porque eu tenho vocação para o trabalho. Algumas não tem. Algumas a vocação é viajar, viajar e viajar, mas eu sei do meu trabalho como primeira-dama. Eu ressignifiquei o papel de primeira-dama"

No último domingo (5/11), Janja, em entrevista ao jornal O Globo, questionou o papel da primeira-dama no país. "O papel de primeira-dama sempre foi muito quadrado, colocado numa caixa em que a mulher do presidente recebe pessoas e faz caridade", disse.

"Por que não fazer isso por pautas que são relevantes? Mais mulheres na política, violência contra a mulher, exploração sexual de crianças e adolescentes... Isso é mais importante do que ficar só fazendo jantar ou chá das cinco. Por que a primeira-dama não pode também estar contribuindo com o desenvolvimento do Brasil?", questionou.