Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro errou ao tentar vender as joias presenteadas por governos estrangeiros  -  (crédito: José Cruz/Agência Brasil)

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro errou ao tentar vender as joias presenteadas por governos estrangeiros

crédito: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro errou ao tentar vender as joias presenteadas por governos estrangeiros e desviadas do acervo da União no exterior, e afirmou que o político poderia ter vendidos os bens no Brasil. A declaração foi dada ao programa Amarelas On Air, da revista Veja, na terça-feira (31/10).

Valdemar também alegou que Bolsonaro não tinha intenção de fazer "alguma coisa errada". "O Mauro Cid fez para ele (Bolsonaro). Isso não tem ilegalidade porque a joia era dele. Eles não deviam ter discutido isso na época, deviam ter descartado essa história de cara. A joia é minha, eu faço o que eu quiser", afirmou o presidente do PL.

Relembre o caso


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos autorizou o pedido de colaboração policial internacional para investigar a tentativa de venda das joias. Em agosto, a Polícia Federal acionou o FBI — equivalente americano do órgão — para avançar as investigações.

Com o apoio dos EUA, a PF pretende ter acesso às contas bancárias do ex-presidente, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, mantidas no país norte-americano. A polícia também busca o rastreamento das joalheiras envolvidas na venda das peças, principalmente do relógio que teria sido “resgatado” pelo advogado ligado a família Bolsonaro, Frederick Wassef.

O acessório, de platina e cravejado de diamantes, foi entregue por sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial, em 2019. O objeto foi levado para os Estados Unidos e, segundo a PF, em junho do ano passado, foi vendido por mais de U$S 68 mil, cerca de R$ 346 mil. Wassef teria ido aos EUA para recomprar o relógio, que estava exposto em uma joalheria de Miami, para entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A suspeita da PF é que as operações funcionavam por determinação de Jair Bolsonaro e que teriam rendido R$ 1 milhão.