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Livros e dedicatórias no novo filme de Denise Fraga

Atriz explica como as dedicatórias movem a trama de 'Livros Restantes' e relembra obras decisivas para sua formação pessoal e artística

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O valor sentimental das dedicatórias impulsiona a narrativa do longa-metragem “Livros restantes”, de Márcia Paraiso, com estreia no circuito comercial brasileiro prevista para a próxima semana. Protagonista do filme, a atriz Denise Fraga respondeu às seguintes perguntas do Pensar:

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Qual o significado dos livros, e das dedicatórias, para a sua personagem?

A Márcia Paraíso, autora do roteiro e do filme, fez essa história, esse plot lindo do filme que é esse quebra-cabeça que a personagem, Ana Catarina, arma para si mesma de devolver os livros com as dedicatórias para as pessoas que lhe deram: o que ela foi, o que ela ainda é? Só assim, ela pode seguir em frente na vida se fizer um inventário de tudo o que significa. É muito bonito porque não é só a questão da literatura: a Márcia junta, no roteiro, a questão literária com os personagens que foram determinantes para a formação da Ana Catarina. É uma ideia muito boa: um filme muito bonito, muito singelo. Dá vontade de você recuperar os livros que foram importantes para você, recuperar as pessoas com que você dividiu leitura. A gente é um pouco quem a gente encontra e o que a gente lê. 

Quais foram os livros que marcaram a sua vida?

Quando eu era criança, li “Fernão Capelo Gaivota”, de Richard Bach, que foi muito marcante. Os contos do Machado de Assis, na juventude... Eu tinha um livrinho precioso da (Nova) Aguilar, que é uma edição que não existe mais. Ganhei de uma pessoa muito preciosa e que foi muito precioso para mim: os 30 melhores contos do Machado. Acho que o Machado de Assis não devia ser lido na escola, mas idade adulta. Para mim, não existe ninguém que escancare tanto a nossa hipocrisia social como ele. E com um requinte, uma literatura maravilhosa. Tem também um livro que foi muito forte para mim: “O filho de mil homens”, de Valter Ugo Mãe, autor que amo. Ultimamente tenho lido mais filósofos, sociólogos. “Sonho e manifesto”, de Sidarta Ribeiro, é um livro que carrego na bolsa, todo sujo, todo riscado... Tem ainda “Desabilidade”, do italiano Roberto Parmeggiani, um cientista da educação: é uma Bíblia para os nossos tempos. Há que ler também bell hooks, “Feminismo para todo mundo”, “Tudo sobre o amor”, fundamentais para formar a gente. “Humanidade, uma visão otimista do homem”, do Rudger Bregman, todo mundo devia ler. Se o “Sapiens”, do Harari, explica porque a gente está num caos, o Bregman explica, por A+B, que a gente ainda pode dar certo porque a nossa essência é boa.

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