Em meio às discussões na Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém (PA), o instituto de pesquisa Quaest consultou brasileiros de todos os estados, e 94% disse sentir os efeitos das alterações no clima.

A entidade desenvolveu um novo indicador: o Índice de Percepção de Mudanças no Clima (IPMClima), para mensurar as experiências em relação ao tempo. Somente 3% dos entrevistados disse não sentir nenhuma mudança no clima. Outros 3% não sabem ou não quiseram responder.

Em Minas Gerais, 92,8% sentiram as alterações climáticas. O Tocantins é o estado em que os efeitos foram menos percebidos - 60% da população disse ter notado, contra 40% que não sabem ou não quiseram responder. Em todas as regiões, a percepção é de que o país está mais quente.

As ondas de calor mais intensas, mencionadas por 69%, são o principal efeito sentido pelos brasileiros em relação às mudanças climáticas. 42% disseram perceber secas mais prolongadas e 35% observaram mudança no padrão das estações do ano.

Responsabilidade

Para os entrevistados, o setor produtivo (84%) foi o principal apontado como responsável direto pelas mudanças climáticas. A sociedade de consumo (38%) e o governo (29%) vem em seguida.

Entre os entrevistados, 44% se disseram muito preocupados com as mudanças climáticas, 33% preocupados, 8% nem preocupados, nem despreocupados, 6% pouco preocupados e 4% nada preocupados.

O alerta é maior entre as mulheres, das quais só 1% não sentiu mudança no clima.

Metodologia

A Quaest perguntou sobre a percepção nos últimos dois anos sobre variações de temperatura, regime de chuvas, mudanças de estação, secas prolongadas, entre outros temas.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 16 de julho e ouviu 2 mil brasileiros a partir de 16 anos de forma remota, por meio de questionários estruturados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

compartilhe