Cada 1% de avanço do mercado ilegal de cigarros gera 5 mil outros crimes no Brasil

Estudo inédito da FGV aponta ligação direta entre o mercado ilegal de cigarros e o aumento da criminalidade no Brasil, de homicídios a assaltos a banco

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A cada 1% de crescimento no mercado ilegal de cigarros no Brasil, são cometidos por ano mais 5.008 outros crimes no país: 892 novas ocorrências de tráfico de drogas, 239 homicídios dolosos, 9 roubos a banco, 629 apreensões de armas de fogo, 30 latrocínios, 339 roubos de carga, 2.868 roubos de veículos e duas mortes de agentes do Estado.

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A relação direta entre esse mercado ilícito e o aumento da criminalidade foi apontada em uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada neste domingo, 2.

Para chegar às conclusões, os pesquisadores cruzaram análises de dados da Pesquisa Instituto Ipec – Pack Swap (2024); do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp); com relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); da Receita Federal e do Tesouro.

A pesquisa mostrou que o mercado ilegal de cigarros, que responde por 32% do mercado nacional, gera R$ 10,2 bilhões por ano ao crime organizado — cerca de 7% do total de faturamento dessas organizações criminosas.

Cerca de 24% do que é movimentado no mercado ilegal chega ao país por contrabando, principalmente do Paraguai. No ano passado, a evasão fiscal foi estimada em R$ 7,2 bilhões.

De acordo com o estudo, a recuperação de 50% dessa evasão representaria mais R$ 1,3 bilhão à arrecadação federal, o equivalente a 11,8% do déficit primário de 2024. Estados e municípios recuperariam receitas da ordem de R$ 1,4 bilhão e R$ 810 milhões, respectivamente.

“A correlação aponta para um dos maiores desafios econômico e institucional de nosso tempo. Toda essa engrenagem que abastece o crime é resultado da combinação entre demanda constante, fragilidades na fiscalização fronteiriça e urbana e regulação altamente restritiva, pressionando o setor produtivo — fatores que abrem ainda mais caminho ao mercado ilícito”, afirmou Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).

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