Fachada da boate na Lapa, bairro tradicional do Rio de Janeiro, já com as placas de interdição -  (crédito: Divulgação)

Fachada da boate na Lapa, bairro tradicional do Rio de Janeiro, já com as placas de interdição

crédito: Divulgação

(Com Thalyson Martins)

 

A Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro interditou, na noite desta quinta-feira (5), a boate Portal Club, na Lapa no Centro do Rio. Duas mulheres afirmam que foram abusadas sexualmente dentro do estabelecimento.


O Corpo de Bombeiros informou que o local estava irregular, já que não possuía o Certificado de Vistoria Anual, que garante a segurança contra incêndio e pânico.


Os proprietários já entregaram as imagens das câmeras de segurança para a Polícia Civil, e os investigadores afirmam que já têm pistas de um dos suspeitos.


Primeira denúncia

 

 


Uma universitária estrangeira, de 25 anos, que preferiu não se identificar, afirmou que sofreu um estupro coletivo dentro do estabelecimento. O caso aconteceu no domingo (31). O boletim de ocorrências foi feito após a vítima procurar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).


A jovem estava de passagem pelo Rio de Janeiro. Ela estava no Brasil desde janeiro para estudar português. Ao chegar na capital fluminense, procurou uma amiga e foi se divertir na boate.


Após denunciar a boate, a jovem realizou exames, inclusive toxicológico e de corpo de delito. A Polícia Civil investiga o caso.


Segundo caso


Uma mulher também resolveu denunciar a boate Portal Club após repercussão do caso da estudante estrangeira. O crime, segundo a vítima, de 35 anos, ocorreu em novembro de 2023.


Durante o registro do boletim de ocorrências, a mulher afirmou que não sabia da existência de um “dark room’. Após ingerir bebida álcoolica, chegou a passar mal e a desmaiar. Ao acordar, ela estava sem roupa dentro do quarto escuro com dois homens.


“Essa segunda vítima nos relatou que foi estimulada a pensar que tinha sido consentido, já que o tempo inteiro, os funcionários falavam que ela estaria lá por por vontade própria e na sequência ao tentar denunciar também encontrou um entrave”, afirmou Renata Souza (PSOL, que preside a Comissão dos Direitos da Mulher da Alerj.