Mulher ataca casal LGBT em padaria -  (crédito: Reprodução/X)

Mulher ataca casal LGBT em padaria

crédito: Reprodução/X

Um caso de homofobia em São Paulo (SP) ganhou repercussão nesta terça-feira (6/2) após a vítima divulgar vídeos do ataque sofrido em uma padaria da capital. Em publicação, o jornalista Rafael Gonzaga relata que ele e o namorado foram ao estabelecimento, em Santa Cecília, quando uma mulher perseguiu os dois e passou a agredi-los física e verbalmente.

RELATO DE HOMOFOBIA EM SP


Sábado, 3/2, às 4h, eu e meu namorado paramos na padaria Iracema, em Santa Cecilia, pra comer algo e ir pra casa, mas acabamos num filme de terror. Uma mulher nos atacou física e verbalmente e vou postar TODOS os vídeos na thread abaixo. pic.twitter.com/uMH8yNeEQe

Segundo relatos da vítima, o caso ocorreu no sábado. Ainda no estacionamento, uma mulher começou a gritar e atirou um cone de trânsito contra eles. Após as agressões, ela ainda seguiu o casal até o estabelecimento, onde chegou a ser segurada por funcionário da padaria. Nos vídeos, é possível ouvir a mulher gritar “Ele acham que podem fazer o que eles querem, até ir onde a gente está... Os valores estão sendo invertidos”.

A agressora ainda afirma ser de família tradicional e ter educação. Os ataques continuam enquanto pessoas na padaria gritam “vaza”.

Rafael conta que foi agredido no rosto e ficou com o nariz sangrando. Segundo ele, a Polícia Militar foi acionada, mas a viatura só chegou após a quarta ligação e a agressora não foi presa.

Ao Portal G1, a Secretaria de Segurança Pública de SP informou que os dois homens foram vítimas de injúria e lesão corporal. “As vítimas relataram que, ao chegarem de carro a uma padaria, foram abordadas por um grupo de pessoas, sofrendo agressões físicas. Durante o incidente, um dos agressores lançou um cone de sinalização em direção às vítimas. O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor (injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional) e lesão corporal pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) nesta segunda-feira (5).”

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações.