Alguns internautas acusam a jovem de drogar os colegas de faculdade e ainda se orgulhar disso -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Alguns internautas acusam a jovem de drogar os colegas de faculdade e ainda se orgulhar disso

crédito: Reprodução/Redes sociais

Um vídeo em que a influenciadora Gabriela Nery, do Distrito Federal, coloca um suposto estimulante sexual chamado ‘melzinho do amor’ escondido em uma bebida e oferece para os amigos levantou um debate nas redes sociais. Alguns internautas acusam a jovem de drogar os colegas de faculdade e ainda se orgulhar disso. A venda do produto no Brasil é proibida desde 2021, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

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Nas imagens, Gabriela aparece colocando um sachê do estimulante em uma garrafa de refrigerante e servindo a bebida para os amigos. Momentos depois, ela mostra a reação dos garotos, que reclamam de calor e ficam inquietos. Ela ainda sugere que um deles teve uma ereção após ingerir a substância.

 

 

“A pessoa comete um crime e ainda produz provas contra si mesma”, acusou uma pessoa nas redes sociais. Muitos perfis sugeriram que ninguém acharia que o vídeo é de mau gosto se fosse um homem colocando a substância em uma bebida para mulheres. “Que ridículo. Queria ver se fosse o contrário! A regra é simples: não faça com o outro aquilo que não gostaria que fizessem com você! Palhaçada, viu! Falta de noção e do que fazer”, declarou um perfil.

Ao portal G1, a equipe da influenciadora esclareceu que o vídeo é de dois anos atrás, quando Gabriela “além de muito jovem, não tinha conhecimento de qualquer proibição quanto à utilização do produto, visto que foi comprado em uma loja de comércio em Brasília". Ainda segundo a influenciadora, o vídeo foi feito em tom de brincadeira, acordada previamente com os amigos. Eles também teriam concordado com as postagens.

Produto proibido

Em maio de 2021, a Anvisa proibiu a comercialização, distribuição, fabricação, publicidade e uso do “melzinho do amor”. A medida foi tomada após uma análise do laboratório de toxicologia da Universidade de Campinas (Unicamp), que apontou que o produto, anunciado como 100% natural, pode causar efeitos colaterais graves, especialmente problemas cardíacos. As reações poderiam, inclusive, levar pessoas à morte.

No estudo, os pesquisadores descobriram que a substância vendida como natural, na verdade, possui dois componentes de origem sintética: a sildenafila e a tadalafila. Ambos são fármacos utilizados no tratamento de disfunção erétil.

A pesquisa concluiu que o uso do estimulante dependeria de avaliação médica, especialmente para consumidores com determinadas comorbidades, como hipertensão.

Apesar da proibição, o produto é encontrado facilmente pela internet. Em uma busca simples, é possível encontrar um sachê de 10g do estimulante por cerca de R$ 30.