Entre os casos que desencadearam a ação está o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, 67, no domingo (3/12). Ele foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Entre os casos que desencadearam a ação está o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, 67, no domingo (3/12). Ele foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens

crédito: Reprodução/Redes Sociais

Após casos de assaltos com agressões físicas registrados em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, moradores do bairro criaram grupos de justiceiros para tentar, na base da violência, devolver ao bairro alguma sensação de segurança. Na noite desta terça-feira (5/12), vídeos mostraram grupos que supostamente estariam agredindo jovens apontados como ladrões.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que "tomou conhecimento da situação" e que "diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos".

Entre os casos que desencadearam a ação está o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, 67, no domingo (3/12). Ele foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens. A ação foi flagrada por câmeras de segurança, que filmaram quando a vítima levou um soco no rosto e desmaiou. O empresário tentou defender uma mulher que seria assaltada. Ele passa bem.

Já no dia 19 de novembro, um fã da cantora Taylor Swift foi morto a facadas nas areias da praia de Copacabana. Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, 25, foi vítima de um latrocínio. Dois dos três suspeitos do crime haviam sido presos por furto e soltos em audiência de custódia horas antes do assassinato.

Pelas redes sociais, os adeptos da "justiça com as própria mãos" afirmam que moradores estão desprotegidos nas ruas e realizaram postagens incentivando a chamada justiça com as próprias mãos.

Um desses moradores de Copacabana que apoiam esse movimento, no Facebook, postou o que denominou de "chamamento". "Proponho a criação de um grupo de Whatsapp gigante, capaz de criar pelotões de acordo com a disponibilidade de cada integrante. Objetivo: colocar ordem em Copacabana!", escreveu.

Ainda na postagem, ele disse que "a proposta não é bater aleatoriamente, muito menos causar medo ou insegurança, é mostrar quem manda no bairro".

Outra postagem foi realizada pelo professor de jiu-jítsu Fernando Pinduka, dono de uma academia da região. Aos seus mais de 100 mil seguidores, ele afirma estar "indignado com os últimos episódios ocorridos em Copacabana, agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros contra pessoas de bem".

Pinduka pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região ao que chamou "limpeza". "Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu, na sua página no Facebook.

Leia: Cantor Zé Neto sofre grave acidente de carro

Nos comentários, alguns internautas o apoiaram. "Mestre, tem uma galera engajada em fazer isso acontecer. Só falar qual é o plano que tem uma tropa à disposição", escreveu um.

Em imagens divulgadas também nas redes sociais, grupos aparecem nas ruas na noite de terça (5/12) e na madrugada desta quarta (6/12) com pedaços de madeira. Um grupo é filmando por um motorista momentos antes de cerca um adolescente apontado por pegar uma bicicleta de um condomínio.

Em outra filmagem, um jovem aparece apanhando com um pedaço de madeira. Na gravação, afirmam que ele praticava roubos.

Outras postagens afirmam como os chamados grupos, já apelidados de justiceiros, devem se vestir: esconder tatuagens e usar máscaras de proteção facial para ocultar o rosto.

Em nota, a Polícia Militar disse que "equipes da corporação seguem atuando nas ruas e prenderão em flagrante qualquer envolvido em crimes na região".

A corporação também afirmou, em nota, que "vem aplicando esforços para reduzir os índices criminais, incluindo o furto a estabelecimentos comerciais e pessoas".