Ocupação do MTST no prédio da Enel em São Paulo, em protesto contra a demora no restabelecimento da energia elétrica  -  (crédito:   Bruno Santos/Folhapress)

Ocupação do MTST no prédio da Enel em São Paulo, em protesto contra a demora no restabelecimento da energia elétrica

crédito: Bruno Santos/Folhapress

O presidente de Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, pediu desculpas aos 2,1 milhões de clientes que ficaram sem luz no início deste mês após chuvas causarem um apagão no estado.

Lins disse que energia é um "insumo essencial" ao fazer o pedido de desculpas. "Nós sabemos do transtorno. A energia elétrica é um insumo essencial à sociedade e à vida moderna. Ninguém vive sem energia elétrica. Nós sabemos que ficar sem energia elétrica durante um tempo significativo representa um grande transtorno para todos", afirmou.

O presidente presta depoimento nesta terça-feira (14) à CPI da Alesp para dar explicações sobre o episódio. Ele já havia sido convidado para falar à CPI, instalada em maio para apurar supostas irregularidades desde que a empresa comprou a Eletropaulo, em 2018. O apagão que deixou milhões sem energia na semana passada após um temporal, no entanto, fez os membros da comissão a transformarem o convite em convocação.

Na ocasião, a Enel demorou até uma semana para religar a eletricidade em algumas regiões da capital e região metropolitana.

Após a convocação, Lins recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar que determina que ele seja tratado como investigado, não como testemunha. Um habeas corpus foi concedido pelo desembargador José Carlos Xavier de Aquino dando a Lins o direito de ficar em silêncio quando as perguntas direcionadas a ele possam incriminá-lo. Esse direito é previsto pela Constituição a investigados.

Na quinta-feira (16), será a vez de o presidente nacional da Enel, Nicola Cotugno, prestar depoimento à CPI da Alesp. Graças ao apagão, a Câmara Municipal de São Paulo também criou uma CPI para investigar a empresa, muito criticada pela qualidade dos serviços.