Mundo Corporativo

Canetas emagrecedoras acendem alerta médico

Popularização de medicamentos injetáveis para perda de peso leva especialistas a reforçarem a importância do acompanhamento médico e dos cuidados com efeitos associados ao tratamento

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Com a aproximação do verão, cresce o interesse por estratégias de emagrecimento e, entre elas, o uso das chamadas “canetas emagrecedoras”, medicamentos originalmente desenvolvidos para o tratamento de diabetes tipo 2 ou obesidade. Essas medicações utilizam substâncias como liraglutida, semaglutida e tirzepatida e têm sido buscadas por pessoas que desejam resultados rápidos.

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Segundo a médica endocrinologista Paula Fábrega, do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, a procura crescente por esses medicamentos tem sido acompanhada de preocupações. De acordo com a especialista, “nos últimos anos, estas canetas emagrecedoras ficaram mais potentes e mais caras, e muitas pessoas passaram a utilizá-las por períodos mais curtos, interrompendo antes do tempo ideal, o que representa um risco”.

A endocrinologista explica que o organismo responde ao processo de perda de peso com redução do metabolismo e aumento do apetite. “Enquanto a pessoa usa essa classe de medicações, esses efeitos são amenizados. Mas, ao suspender o tratamento de forma abrupta ou precoce, essa proteção desaparece”, afirma. Ela destaca que estudos observam tendência ao retorno do peso anterior em poucas semanas após a interrupção, muitas vezes com maior proporção de gordura corporal.

Fábrega também aponta que a obesidade é uma condição crônica. “Uma vez que o tecido adiposo se forma, ele não desaparece; apenas diminui de volume”, avalia.

Sobre possíveis efeitos adversos, a médica considera que “os efeitos colaterais mais frequentes são gastrointestinais, como náuseas, vômitos, constipação e diarreia. Em situações mais raras, podem ocorrer pancreatite e cálculos na vesícula biliar”.

A especialista ressalta ainda que oscilações recorrentes de peso podem dificultar futuras tentativas de emagrecimento. “Essas flutuações, conhecidas como efeito sanfona, podem levar, no longo prazo, à redução de massa magra e ao aumento de gordura, contribuindo para quadros como obesidade sarcopênica”.

Para pessoas que consideram iniciar o uso das medicações, a endocrinologista analisa que o tratamento deve ser acompanhado por profissionais de saúde. “Não existe solução rápida e isolada. Estudos que interromperam o medicamento após algumas semanas mostraram que os pacientes voltaram a ganhar peso”, diz. Ela reforça a importância de associar o uso das medicações a hábitos alimentares saudáveis e prática regular de exercícios.



Website: https://hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/

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