Angélica fala sobre sua preocupação com o acesso da filha às redes sociais

O casal Global Angélica e Luciano Huck, que também são pais de Benício de 17 anos e Joaquim de 20 anos, se mostram preocupados com a segurança da filha Eva, de apenas 12 anos, na internet. Em entrevista a um podcast, a apresentadora demonstrou também arrependimento por ter sido vencida pelo cansaço e permitido o acesso da caçula ao celular e consequentemente, a internet, causando preocupação pela exposição e vulnerabilidade em decorrência da falta de filtro e a influência imposta pelo excesso de informação. Em tempos de acessos rápidos quase instantâneos e da implementação integral de diversas comunidades na rede que chamamos de internet é quase impossível que consigamos extrair um único ponto de vista e sair de um “scrolling”, sem ao menos uma informação que não seja verídica.

Após a polêmica que envolveu seu filho do meio Benício e a então namorada Duda Guerra, a apresentadora teme, pois a problemática em questão pontua as possíveis inverdades que um post pode oferecer, para além da política do cancelamento que quando atingem crianças e adolescentes que não saem em defesa de si mesmas, facilitam o linchamento virtual e abalam o psicológico desses jovens.

Sem um ensino digital é muito difícil obter identificação do que estamos absorvendo a cada minuto, justamente pela efemeridade dos conteúdos. Em Julho de 2024, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 38 países como membro, declarou o Brasil como o lugar que mais tem dificuldade em identificar fake news entre outros 21. Isso representa nossa negligência em apurar certos “fatos” e a dificuldade de uma recepção crítica e de filtrar certos assuntos, especialmente por abandono escolar.

“Desde 2014, o tipo de comportamento permitido no ambiente virtual é regido pelo Marco Civil da Internet, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para com os usuários, determinando que toda conduta exercida neste intermédio, são de responsabilidade pessoal. Mas isso não modifica as intenções de quem se propõe a disseminar inverdades ou utilizar das habilidades tecnológicas para coisas negativas, é quase impossível mediar as ações alheias”, disse o empresário e investidor de tecnologias, Diogo Archanjo.

A população menos favorecida é atingida diretamente pela falta de educação digital, impactada pela baixa qualidade do ensino, afetando a capacidade de interpretação de leitura, dificultando o entendimento dos ricos no meio digital. e capacidade reflexiva feito pela agência Lupa, especializada em fast-checking, aborda que 746 novas disciplinas foram criadas nos currículos do novo Ensino Médio nos 27 estados do país, porém apenas 34 dessas falam sobre educação midiática e desinformação.

Algumas medidas vêm sendo tomadas para que isso possa ser combatido, no qual em 2001, a cidade de São Paulo foi berço do projeto Educom.Radio para início dessa formação e em 2005 a cidade também criou o projeto Imprensa Jovem, reforçando os métodos. Em Outubro de 2023, a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, também lançou a Estratégia Brasileira de Educação Midiática (Ebem), para promover essa educação entre a população brasileira.

“Alguns atos cometidos por essa “falta de supervisão” ou mal uso da internet, envolvem crimes relacionados à honra, contra a liberdade pessoal e a falsidade ideológica, como injúria, difamação e ameaça. É imprescindível, que haja segurança no meio digital, redes sociais e apresentadora se mostra preocupada com o acesso precoce e os adolescentes que compõem a maior parte do público”, acrescentou Diogo.