Trump se nega a descartar guerra com a Venezuela
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou em aberto a possibilidade de uma guerra com a Venezuela em uma entrevista publicada na sexta-feira (19), depois de intensificar esta semana a campanha de pressão contra Caracas ao ordenar um bloqueio petrolífero.
"Não descarto", declarou Trump em uma entrevista por telefone à rede NBC News.
Trump também se recusou a dizer se deseja derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
"Ele sabe exatamente o que eu quero", afirmou Trump. "Ele sabe melhor do que ninguém".
Washington não reconhece as duas reeleições de Maduro, em 2018 e 2024. A Justiça americana acusa o presidente de esquerda de vínculos com terrorismo ligado ao narcotráfico, e o governo Trump elevou para 50 milhões de dólares (cerca de 275,4 milhões de reais na cotação atual) a recompensa por informações que levem à sua captura.
Maduro, por sua vez, afirma que Washington busca uma mudança de regime na Venezuela para se apoderar das riquezas naturais do país.
Na entrevista, realizada na quinta-feira, Trump também disse que pode haver mais apreensões de petroleiros.
Militares americanos tomaram posse em 10 de dezembro de um navio-tanque sancionado pelo Departamento do Tesouro que havia acabado de zarpar da Venezuela carregado de petróleo.
O objetivo final de Trump em relação à Venezuela segue incerto, em meio a uma enorme mobilização naval iniciada em agosto no Caribe no âmbito de uma ofensiva antidrogas declarada na região.
Trump acusa Maduro de liderar o suposto "Cartel de los Soles", e as forças americanas realizaram numerosos ataques contra supostas embarcações de traficantes no Caribe e no Pacífico oriental desde setembro, com um saldo de mais de 100 mortos.
O republicano também disse nas últimas semanas que em breve iniciará ataques terrestres contra traficantes.
Nos últimos dias, porém, Trump voltou o foco para o petróleo da Venezuela, país que possui as maiores reservas petrolíferas comprovadas do mundo.
Na terça-feira, ele ordenou um "bloqueio total" dos petroleiros sancionados que chegam ou saem dos portos venezuelanos.
"Eles se apropriaram de todo o nosso petróleo não faz muito tempo, e o queremos de volta", afirmou Trump na quarta-feira.
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