Petróleo sobe com acirramento de tensões na Venezuela
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As cotações do petróleo fecharam em alta na sexta-feira (19), impulsionados pelas tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, mas contidos pela perspectiva de um excesso de oferta.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, subiu 1,09%, para 60,47 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), cujos contratos vencem em janeiro, avançou 0,91%, para 56,66 dólares.
Os operadores do mercado "continuam preocupados com qualquer acontecimento geopolítico que possa elevar os preços", explica Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
O mercado acompanha as "tensões bastante fortes entre os Estados Unidos e a Venezuela que poderiam ter impacto no fornecimento" de petróleo, acrescenta Lipow.
Na terça-feira, Washington anunciou o bloqueio dos petroleiros sancionados que chegam ou saem da Venezuela, com o objetivo de cortar o financiamento do governo do presidente Nicolás Maduro.
Donald Trump não descartou uma possível guerra contra a Venezuela, em uma entrevista divulgada na sexta-feira.
Embora o país sul-americano possua as maiores reservas de petróleo do mundo, sua produção de cerca de um milhão de barris por dia está muito distante da dos principais produtores.
"Levando em conta o aumento da produção dos membros da Opep+ [Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados], o mercado segue bem abastecido, mesmo se perder o petróleo venezuelano", avalia Lipow.
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