EUA critica 'interferência' da África do Sul em programa de reassentamento de africâneres
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O governo dos Estados Unidos acusou nesta quarta-feira (17) a África do Sul de "interferir" em seus esforços para admitir africâneres brancos como "refugiados", após a prisão de sete quenianos por Pretória acusados de trabalharem ilegalmente no projeto.
"Temos trabalhado para gerir o programa de refugiados dentro dos limites da lei, e a África do Sul comprometeu-se em múltiplas ocasiões a não interferir nas nossas operações. Lamentavelmente, acabamos de presenciar interferências”, disse um funcionário da administração do presidente Donald Trump.
As autoridades sul-africanas fizeram buscas em um centro de solicitações na terça-feira após receberem informações de inteligência de que "vários cidadãos quenianos tinham entrado recentemente na África do Sul com vistos de turista e tinham assumido ilegalmente empregos processando os pedidos dos chamados 'refugiados' para os Estados Unidos", disse o Ministério do Interior.
Segundo uma fonte familiarizada com o caso, os advogados do Departamento de Estado acreditavam que os sete quenianos expulsos tinham permissão para trabalhar com os seus vistos.
Trump denunciou repetidamente os sul-africanos e pediu a admissão de imigrantes brancos nos Estados Unidos. Ele encerrou as admissões de refugiados no país, mais abriu exceção aos membros da minoria africâner da África do Sul.
Trump alega que os africâneres são perseguidos pelo governo pós-apartheid, que nega categoricamente essas afirmações.
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