Militares do Equador são condenados por destruição de radar antitráfico
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Nove militares equatorianos foram condenados a mais de nove anos de prisão pela destruição, em 2021, de um radar militar estratégico no combate ao narcotráfico, informou a Procuradoria-geral nesta quarta-feira (17).
O radar da Força Aérea para detecção de voos ilegais foi destruído com explosivos apenas duas semanas depois de ser instalado em um morro da localidade de Montecristi (sudoeste), perto do porto de Manta, um dos principais corredores do tráfico de drogas para os Estados Unidos.
O Equador, situado entre Colômbia e Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, é via de trânsito de 70% desta droga.
Um tribunal civil condenou a nove anos e três meses de prisão em primeira instância os nove membros da Força Aérea pelo crime de sabotagem. Eles eram encarregados de patrulhar e custodiar o equipamento, informou a Procuradoria em um comunicado.
"Análises confirmaram o uso de explosivos de alto poder (...), o que provocou a destruição total do equipamento de vigilância e descartou a hipótese de falha mecânica", acrescentou.
A entidade acusadora observou que os explosivos usados eram de uso exclusivo das Forças Armadas.
Neste processo, dez militares foram chamados a juízo, mas um dos envolvidos morreu.
Para desarticular rotas do narcotráfico, os Estados Unidos mobilizaram esta semana militares no porto pesqueiro de Manta, onde Washington teve uma base militar até 2009, informaram autoridades equatorianas nesta quarta-feira.
A chegada de tropas americanas ao Equador ocorre em meio a ataques militares ordenados pela Casa Branca no Caribe e no Pacífico contra supostas lanchas operadas pelo narcotráfico, uma ofensiva que deixou 95 mortos desde setembro.
sp/lv/mr/mvv