Inglaterra registra 14ª greve de médicos em menos de dois anos
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Milhares de médicos ingleses iniciaram, nesta quarta-feira (17), uma nova greve de cinco dias, a 14ª em menos de dois anos, em plena epidemia de gripe e com a aproximação das festas de Natal.
Os médicos residentes reivindicam aumentos salariais para compensar a inflação e rejeitaram na segunda-feira uma nova oferta do governo trabalhista, que não incluía um aumento, e sim a cobertura de algumas despesas.
A greve dos médicos, que representam um pouco menos da metade dos profissionais do setor na Inglaterra, começou às 7h00 (4h00 de Brasília) de quarta-feira e deve prosseguir até segunda-feira (22).
Desde março de 2023, os médicos do Sistema Nacional de Saúde (NHS) anunciaram várias greves para exigir uma valorização salarial.
"Fiz todo o possível para evitar estas greves, que acontecem no pior momento para o NHS. Sinto muito pelos pacientes", declarou o ministro da Saúde, Wes Streeting, à emissora LBC.
O primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer afirmou na segunda-feira que a nova greve é "irresponsável", ao insistir que os médicos receberam um "aumento salarial muito substancial este ano".
O sindicato British Medical Association (BMA) reivindica um aumento salarial de quase 26% para os médicos residentes para compensar a perda de poder aquisitivo vinculada à inflação.
A paralisação acontece em plena epidemia de gripe, com um número recorde de internações para esta época do ano na Inglaterra.
Segundo dados de 11 de dezembro, os casos de gripe aumentaram 55% em uma semana, com a média de 2.660 internações diárias entre 1º e 7 de dezembro.
O NHS enfrenta uma crise, provocada sobretudo por longas listas de espera. Segundo uma pesquisa de 12 de dezembro, apenas um terço dos britânicos apoia a greve.
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