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Atentado em Sydney parece ter sido motivado por 'ideologia do Estado Islâmico', diz premiê australiano

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O pai e o filho que abriram fogo contra uma multidão que celebrava a festa judaica do Hanukkah em uma praia de Sydney provavelmente atuaram motivados "pela ideologia" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), afirmou nesta terça-feira (16) o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

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Sajid Akram e seu filho Naveed mataram 15 pessoas e feriram mais de 40 no ataque a tiros ocorrido no domingo à tarde na praia de Bondi.

As autoridades classificaram o ataque como um ato de "terrorismo antissemita", mas até agora haviam apresentado poucos detalhes sobre as motivações mais profundas dos criminosos.

Albanese deu uma das primeiras pistas nesta terça, ao afirmar que a dupla havia se radicalizado por uma "ideologia de ódio".

"Ao que parece, isto esteve motivado pela ideologia do Estado Islâmico", disse Albanese ao canal australiano ABC.

"Com a ascensão do ISIS há mais de uma década, o mundo tem enfrentado o extremismo e esta ideologia de ódio", afirmou em outra entrevista, utilizando um dos acrônimos do Estado Islâmico.

A polícia encontrou um carro registrado em nome de Naveed Akram estacionado perto da praia após o tiroteio.

No veículo foram encontrados explosivos improvisados e "duas bandeiras artesanais do ISIS", revelou nesta terça-feira o comissário de polícia do estado de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon. 

As autoridades são questionadas sobre o que poderia ter sido feito para evitar o ataque.

Albanese disse que Naveed Akram, supostamente um pedreiro desempregado de 24 anos, havia chamado a atenção da agência de inteligência da Austrália em 2019, mas que, naquele momento, não era considerado uma ameaça iminente.

A polícia continua reconstituindo os movimentos dos autores nos dias que antecederam o tiroteio. Uma questão crucial é saber se eles se reuniram com extremistas islâmicos durante uma viagem às Filipinas em novembro, informou a imprensa.

O departamento de imigração das Filipinas confirmou que eles chegaram ao país em 1º de novembro e que o pai se identificou como cidadão indiano e o filho como australiano.

"As razões pelas quais eles viajaram às Filipinas, o propósito da viagem e os locais que visitaram estão sendo investigados neste momento", disse Lanyon.

No dia do ataque, Naveed Akram disse à mãe que sairia da cidade para pescar. As autoridades, no entanto, acreditam que ele seguiu para um apartamento alugado com o pai para planejar o atentado.

Com armas de cano longo, os dois atiraram contra as pessoas durante 10 minutos, até que a polícia conseguiu matar o pai, de 50 anos.

O filho permanece em coma no hospital, sob vigilância policial.

- "Medidas adequadas" -

Os mortos no atentado incluem uma menina de 10 anos, um sobrevivente do Holocausto e um rabino. Quarenta e duas pessoas foram hospitalizadas com ferimentos provocados pelos tiros e outras lesões.

As autoridades australianas anunciaram na segunda-feira que pretendem endurecer as leis que permitiram ao pai, Sajid, possuir seis armas. 

Os ataques de atiradores são raros na Austrália desde 1996, quando um atirador matou 35 pessoas na cidade turística de Port Arthur. 

O massacre desencadeou uma campanha de repressão sem precedentes no mundo, que incluiu um programa de recompra de armas e restrições a armas semiautomáticas.

O ataque na praia de Bondi também reacendeu as acusações de que a Austrália está atrasada no combate ao antissemitismo. O presidente da Associação Judaica Australiana, Robert Gregory, afirmou à AFP que o governo "não havia tomado as medidas adequadas para proteger a comunidade judaica".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a decisão da Austrália de reconhecer o Estado da Palestina no início do ano jogou "lenha na fogueira do antissemitismo".

Mais de 7.000 pessoas doaram sangue para os feridos na segunda-feira, segundo a Cruz Vermelha Australiana.

Um memorial improvisado com flores perto da praia de Bondi ficou lotado na noite de segunda-feira, quando parentes se reuniram para prestar homenagem às vítimas e marcar o segundo dia de Hanukkah.

sft/djw/abs/arm/cr/mas/fp

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