Petróleo recua por tensões geopolíticas e medo de um excesso de oferta
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As cotações do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (12) em meio às tensões geopolíticas na Ucrânia e na Venezuela e com a perspectiva de um excesso da commodity no mercado global.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em fevereiro, recuou 0,26%, a 61,12 dólares. Seu equivalente americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em janeiro, caiu 0,28%, a 57,44 dólares.
"A guerra na Ucrânia e o aumento das tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos" são as razões pelas quais os preços não estão sob "uma pressão ainda maior", explicou Barbara Lambrecht, analista do Commerzbank.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua frustração diante da falta de resultados nas negociações para acabar com a guerra na Ucrânia.
Uma resolução do conflito devolveria barris ao mercado se forem suspensas as sanções impostas a Moscou e a Ucrânia interromper os bombardeios à infraestrutura de petróleo russa.
Ao mesmo tempo, o governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira, novas sanções contra as companhias navais que operam na Venezuela e contra familiares do presidente Nicolás Maduro.
Mas "por enquanto, o mercado não prevê risco de interrupção do abastecimento", disse Giovanni Staunovo, analista de UBS.
Paralelamente, "a perspectiva de um excesso de oferta segue elevada e deveria continuar pressionando os preços", disse Lambrecht.
O aumento das cotas de produção da Opep desde abril ajudou a disparar a oferta de petróleo no mercado, o que provocou uma queda dos preços nos últimos meses.
A organização confirmou, em sua última reunião, que vai pausar os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026.
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