Bukele e Musk fecham acordo para usar IA Grok nas escolas de El Salvador
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O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e o bilionário Elon Musk anunciaram nesta quinta-feira (11) uma "aliança" para utilizar o Grok, a inteligência artificial da rede social X, nas escolas públicas do país.
Bukele tem promovido mudanças no sistema educacional que incluem novas normas de disciplina e cortesia, além da proibição do uso de "linguagem inclusiva" nos colégios publicos.
Trata-se do "primeiro programa educativo nacional do mundo impulsionado" por inteligência artificial e que oferecerá um "aprendizado personalizado" a mais de um milhão de estudantes por meio de tutorias, afirmou a empresa xAI, de propriedade de Musk, em um comunicado. A xAI, no entanto, não detalhou os aspectos técnicos.
El Salvador mostra assim que os países "podem chegar ao topo" com políticas que vão desde "estabelecer o padrão mundial em segurança até ser pioneiro na educação impulsionada por IA", disse Bukele, citado no texto.
"Ao nos associarmos com o presidente Bukele para levar o Grok a todos os estudantes de El Salvador, colocamos a IA mais avançada diretamente nas mãos de toda uma geração", destacou Musk, a pessoa mais rica do mundo.
"Geraremos novas metodologias, conjuntos de dados e marcos para orientar o uso responsável da IA nas salas de aula em todo o mundo", acrescentou a empresa.
O Grok e a Grokipedia, a enciclopédia on-line de Musk gerada por IA, têm sido questionados em países como França e Estados Unidos por supostos conteúdos enviesados ou pouco confiáveis.
A Justiça francesa investiga o funcionamento do Grok por "afirmações negacionistas" sobre o campo de extermínio nazista de Auschwitz, enquanto um estudo de pesquisadores americanos identificou na Grokipedia milhares de citações a fontes "questionáveis" e "problemáticas".
Segundo essa pesquisa, essa tendência é mais evidente em temas políticos controversos ou relacionados a figuras políticas.
Bukele, no poder desde 2019, goza de grande popularidade por reduzir a violência criminal com sua "guerra" contra as gangues. No entanto, grupos de direitos humanos denunciam abusos e sustentam que há milhares de inocentes presos.
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