Congresso espanhol derruba possibilidade de novos orçamentos em 1º de janeiro
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Os deputados espanhóis rejeitaram novamente, nesta quinta-feira (11), o plano de redução do déficit apresentado pelo governo de Pedro Sánchez para o período de 2026-2028, fechando assim as portas para a aprovação de novos orçamentos para o próximo ano antes do final de dezembro.
Duas semanas após a rejeição inicial, 177 parlamentares votaram contra o plano, 166 a favor e 5 se abstiveram. O plano prevê uma redução do déficit público para 2,1% do PIB e um crescimento de 2,2% em 2026, representando mais um revés para o governo de esquerda, que detém minoria no Parlamento.
O orçamento atual, que remonta a 2023, será prorrogado em 1º de janeiro pelo terceiro ano consecutivo, conforme permitido pela Constituição espanhola sob certas condições e na ausência de um acordo parlamentar.
O governo de esquerda pretende voltar a apresentar a proposta orçamentária no início do ano, embora não haja garantia de que será aprovada, ainda mais com semanas de atraso.
Apesar dessa situação, o país cresceu 3,5% em 2024 e o governo revisou recentemente sua previsão para 2025, elevando-a para 2,9%, mais que o dobro da média esperada para a zona do euro.
Na prática, porém, a ausência de novos orçamentos desde 2023 deixa a quarta maior economia da zona do euro com pouca margem de manobra para lançar novas iniciativas e programas sociais.
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