Jornada 4x3: como a semana de 4 dias já é realidade em outros países
Veja como nações como Islândia, Japão e Reino Unido já colhem os frutos da semana mais curta
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nessa quarta-feira (10/12), estabelecendo o fim da escala de trabalho 6x1, isto é, seis dias de trabalho para um dia de descanso.
A discussão sobre reduzir a jornada de trabalho no Brasil ganhou força com exemplos de outros países. As experiências internacionais servem como prova prática dessa da adoção do modelo de quatro dias de trabalho por três de descanso.
Enquanto o debate avançava no Congresso Nacional, várias nações já tinham implementado o formato, com resultados que apontam para maior bem-estar dos funcionários sem perda de produtividade. Cada país adota um modelo diferente, seja com testes em empresas, incentivos do governo ou leis que dão mais flexibilidade aos trabalhadores.
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Islândia
O país foi um dos pioneiros em testes de larga escala entre 2015 e 2019. Os resultados foram tão positivos que, atualmente, a maioria da população economicamente ativa já trabalha em jornadas reduzidas ou tem o direito de solicitar a mudança. Os estudos mostraram queda no estresse e melhora no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Bélgica
Desde 2022, os trabalhadores belgas têm o direito de escolher. A lei permite que eles concentrem a carga horária semanal completa em quatro dias em vez de cinco, sem redução de salário. A mudança depende de um acordo direto entre o funcionário e a empresa, oferecendo uma alternativa flexível.
Reino Unido
Um dos maiores programas-piloto do mundo foi realizado no Reino Unido em 2021. Diversas empresas participaram, e a grande maioria decidiu manter a semana de quatro dias após o fim do teste. Os benefícios relatados incluem aumento da receita das empresas e queda significativa nos pedidos de demissão.
Nova Zelândia
O conceito ganhou popularidade na Nova Zelândia após grandes empresas adotarem o modelo e relatarem sucesso. Embora não seja uma política nacional, a ideia é amplamente discutida e incentivada por lideranças políticas como uma forma de impulsionar o turismo doméstico e a produtividade.
Alemanha
Na Alemanha, um novo projeto-piloto começou em 2024. A iniciativa revelou-se como eficaz e cerca de 70% das empresas adotaram o modelo de uma semana mais curta, funcionando bem para a maior economia da Europa.
Japão
O Japão tem visto grandes corporações, como a Microsoft, testarem a semana de quatro dias. Os resultados preliminares indicaram um salto na produtividade e maior satisfação entre os funcionários, abrindo um debate nacional sobre o tema. A iniciativa também partiu do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, que oferece subsídios para incentivar a flexibilização da jornada de trabalho
África do Sul
Embora alguns setores, como o de mineração, enfrentem dificuldades, África do Sul também aderiu aos testes em 2022 e se tornou o primeiro país do continente a implementar um programa-piloto. A iniciativa focou, além da produtividade dos funcionários, o bem-estar deles.
Espanha
O governo espanhol incentiva pequenas e médias empresas a adotarem jornadas semanais mais curtas sem cortar salários. O programa visa avaliar os efeitos econômicos e de produtividade.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria