Verificadores de fatos expressam preocupação com restrições de vistos nos EUA
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A Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN, na sigla em inglês) afirmou estar "profundamente preocupada" com relatos de que o Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou que seus funcionários negassem vistos a pessoas que trabalharam com checagem de fatos e moderação de conteúdo.
"Este trabalho fortalece o debate público, não o censura", disse a organização em um comunicado. "Nos Estados Unidos, ele é protegido pela Primeira Emenda, e os Estados Unidos há muito tempo apoiam liberdades de imprensa semelhantes em nível internacional".
A AFP é membro da IFCN.
O comunicado foi divulgado na terça-feira, dias depois de o Departamento de Estado ter supostamente enviado um memorando instruindo os funcionários responsáveis pela verificação de vistos H-1B para trabalhadores altamente qualificados a rejeitarem candidatos envolvidos na "censura" da liberdade de expressão.
O memorando supostamente orienta os funcionários consulares a investigarem o histórico profissional dos candidatos em busca de atividades como combate à desinformação, moderação de conteúdo, checagem de fatos e segurança da informação.
Autoridades do Departamento de Estado não negaram a existência do memorando.
A IFCN declarou estar preocupada com as implicações do memorando para aqueles cujo trabalho "protege crianças da exploração, previne fraudes e golpes e combate o assédio coordenado".
"Uma imprensa livre e um público bem informado são fundamentais para a democracia", acrescentou o grupo. "Políticas que tratam a busca pela precisão como uma atividade desqualificante enviam uma mensagem desencorajadora para jornalistas e outros profissionais ao redor do mundo".
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