EUA diz que não há 'nenhuma evidência crível' de fraude eleitoral em Honduras
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As eleições presidenciais hondurenhas foram íntegras e "não há nenhuma evidência crível" que indique que elas devam ser anuladas, declarou nesta segunda-feira (8) um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em meio à expectativa em relação aos resultados.
O candidato Nasry Asfura (direita), apoiado publicamente pelo presidente americano Donald Trump, lidera a acirrada disputa presidencial, com 98% das atas contabilizadas, mas com uma margem de vantagem ainda pequena.
O partido no poder, Livre (esquerda), pediu "a anulação total" das eleições e convocou mobilizações populares, apesar de ter ficado em um distante terceiro lugar.
"A vontade do povo hondurenho foi um repúdio à gestão do governo por parte do Partido Livre" declarou um porta-voz do Departamento de Estado à AFP, em condição de anonimato.
"As eleições foram monitoradas de perto pela OEA, a União Europeia e observadores nacionais", ressaltou o porta-voz.
O Livre anunciou uma "Assembleia Extraordinária da Dignidade Nacional" no próximo dia 13, após denunciar a suposta "ingerência" de Trump.
"Instamos todas as partes a respeitarem a independência das instituições eleitorais", assinalou o Departamento de Estado.
Asfura, um empresário de 67 anos, somava 40,57% dos votos contra 39,10% de Salvador Nasralla, um apresentador de televisão de 72 anos também de direita e representante do Partido Liberal (PL).
A apuração, no entanto, tem sido alvo de polêmica após uma interrupção por problemas técnicos.
jz/nn/rpr