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Rússia cessará combates se Ucrânia recuar, diz Putin

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (27) que Moscou cessará os combates na Ucrânia se Kiev se retirar dos territórios que Moscou reivindica como anexados.

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Os Estados Unidos apresentaram na semana passada um plano para pôr fim à guerra iniciada em fevereiro de 2022, que incluía concessões territoriais significativas da Ucrânia à Rússia.

O texto, considerado por Kiev e seus aliados europeus como muito favorável à Rússia, foi emendado após reuniões entre americanos e ucranianos no fim de semana e deve ser enviado agora a Moscou.

"Se as forças ucranianas se retirarem dos territórios que controlam, então cessaremos as operações de combate", disse Putin em uma coletiva de imprensa durante uma visita ao Quirguistão.

"Se não o fizerem, então vamos alcançar com meios militares", afirmou em Bishkek, a capital dessa ex-república soviética da Ásia Central.

Após quase quatro anos de conflito, o exército russo avança lenta, mas constantemente pela frente oriental em combates custosos contra as tropas de Kiev, desgastadas e superadas em número e armamento.

A ofensiva russa "é praticamente impossível de deter, então há pouco a fazer diante disso", insistiu Putin.

Moscou controla atualmente um quinto da Ucrânia. A cessão de território tem sido uma linha vermelha para Kiev e uma das principais discordâncias nas tentativas de diálogo.

Putin não especificou a quais regiões administrativas ucranianas se referia. O Kremlin ocupa amplas áreas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, assim como partes de Kherson e Zaporizhzhia, no sul.

A Rússia reivindicou a anexação dessas quatro regiões em setembro de 2022, apesar de não controlar sua totalidade. Também integrou ao seu território a península da Crimeia em 2014.

A entrega à Rússia de Donetsk e Luhansk, que compõem a bacia mineira de Donbass, fazia parte do plano original de 28 pontos apresentado pelos Estados Unidos.

No caso de Kherson e Zaporizhzhia, o texto propunha o congelamento da linha de frente atual.

- "Base para futuros acordos" -

Os detalhes da proposta não foram revelados. Segundo fontes ouvidas em Kiev pela AFP, ela já não contém condições maximalistas e não oferece uma solução sobre os territórios ocupados.

O enviado americano Steve Witkoff deve viajar a Moscou na próxima semana para discutir o plano com as autoridades russas.

O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, disse por sua vez que "o trabalho conjunto das delegações ucraniana e americana" sobre o plano continuará "no final desta semana".

Além da cessão de territórios, outro dos grandes desacordos na negociação tem sido as garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, que Kiev considera necessárias para evitar uma futura ofensiva da Rússia.

Putin repetiu nesta quinta-feira que o plano americano pode "servir de base para futuros acordos" entre Moscou e Kiev. Para ele, um dos "pontos-chave" da negociação é o reconhecimento de Donbass e da Crimeia como territórios russos.

O presidente russo questionou novamente a legitimidade de seu par ucraniano, Volodimir Zelensky, e afirmou que assinar um acordo com ele é "quase impossível" no momento.

A guerra provocou a morte de dezenas de milhares de pessoas e forçou milhões a deixarem suas casas, no pior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

bur/jj/an/pc/dbh/an/ic/am

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