Internacional

Começa na Espanha o julgamento do ex-presidente catalão Jordi Pujol

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O ex-presidente regional catalão Jordi Pujol e seus sete filhos começaram a ser julgados, nesta segunda-feira (24), na Espanha por suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa, onze anos após o histórico líder nacionalista confessar ter ocultado fundos no exterior. 

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Após uma complexa investigação, o Ministério Público pede 9 anos de prisão para o outrora poderoso presidente da Catalunha entre 1980 e 2003, e diferentes penas para seus filhos, de até 29 anos para um deles, devido a suspeitas sobre a origem dos fundos. 

Apesar de sua defesa ter solicitado sua exclusão do julgamento por motivos de saúde, o tribunal decidiu nesta segunda-feira que Pujol, de 95 anos, participe por videoconferência deste processo que deve se estender em sessões intermitentes até o próximo mês de maio na Audiência Nacional, perto de Madri. 

O caso teve uma reviravolta em 2014, quando o influente ex-político catalão confessou em uma carta que sua família ocultou dinheiro proveniente de uma herança familiar sem declará-lo à Receita Federal durante 34 anos, embora tenha assegurado que não se tratava de comissões recebidas durante seu mandato. 

Naquela época, a Justiça começava a apertar o cerco sobre alguns de seus filhos, enquanto seu partido - a coalizão nacionalista conservadora Convergència i Unió (CiU), agora extinta - enfrentava um escândalo de corrupção por suposto financiamento irregular. 

Sua confissão acelerou uma investigação que avançou durante os turbulentos anos da escalada separatista que culminaria na fracassada declaração de independência desta região espanhola em 2017. 

Naquele momento, Pujol já estava afastado da linha de frente política, após ter renunciado às suas prerrogativas como ex-presidente após sua confissão. 

O ex-político sempre defendeu que os fundos escondidos em Andorra - um pequeno principado entre Espanha e França - provinham de uma herança deixada por seu pai, um empresário catalão abastado preocupado com o compromisso nacionalista de seu filho, que já havia passado dois anos na prisão durante a ditadura franquista. 

"Digam-me em que caso agi de forma corrupta", defendeu-se Pujol em uma de suas últimas entrevistas concedida em 2022 à Cadena Ser, onde voltou a declarar sua inocência.

Arquiteto da Catalunha atual e hábil negociador com Madri, Pujol foi um dos dirigentes mais influentes nas décadas que se seguiram ao fim da ditadura na Espanha em 1975. 

Sua família atribui seus problemas judiciais a seus inimigos políticos.

rs-rbj/mb/jc/mvv

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