Internacional

Cruz Vermelha adverte que desaparecimento de pessoas persiste no México e na América Central

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O desaparecimento de pessoas é um problema "persistente" no México e na América Central e deixa os familiares das vítimas em situação de vulnerabilidade, advertiu nesta quinta-feira (13) o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em um encontro sobre o tema na Guatemala.

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A cada ano, milhares de pessoas desaparecem na região por causa da perseguição política, das perigosas rotas migratórias em direção ao México e aos Estados Unidos, do tráfico de pessoas e do crime organizado, que provocam complicações nos processos de busca para os familiares, segundo a Cruz Vermelha.

"O fenômeno é persistente na região e se manifesta de diferentes formas e deixa as famílias muito desprotegidas", disse à AFP o coordenador regional do programa de busca de desaparecidos para o México e a América Central do CICV, o francês Jerémy Renaux, que lamentou a ausência de dados oficiais.

Em muitos "países ainda existe muito temor por parte das famílias de sofrer represálias ou revitimização ao reportar seus casos às autoridades" e, por isso, elas não o fazem, acrescentou Renaux no encontro que reuniu vários familiares de desaparecidos.

Famílias de desaparecidos de El Salvador, Honduras, México e Guatemala participaram da conferência que foi realizada ao longo de três dias no povoado indígena de Santiago Sacatepéquez, a oeste da Cidade da Guatemala.

"A única coisa que eu desejo do mundo é voltar a me ver nos olhos do meu filho. Ele tinha 14 anos. Era uma criança", contou à AFP a mexicana Emma Mora ao recordar o desaparecimento de seu filho José Alberto em 2011 no balneário de Acapulco (sul), possível vítima da violência do narcotráfico.

Enquanto isso, a salvadorenha Maritxa Menjívar não perde as esperanças de encontrar seu marido Antonio Abrego, que desapareceu em agosto de 2020 após entrar em solo americano de forma irregular.

De acordo com Renaux, no México contabiliza-se um total de 133.624 pessoas desaparecidas desde os anos 1950, enquanto na América Central existe uma "fragmentação" de dados oficiais.

El Salvador, Guatemala e Honduras não têm uma lei de desaparecidos que reconheça os direitos tanto da pessoa desaparecida quanto de seus familiares, razão pela qual não há obrigações claras por parte das autoridades, lamentou Renaux.

ec/hma/cr/lm/am

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