Suécia tem mais de 17.000 membros ativos em redes criminosas, diz polícia
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A Suécia tem cerca de 17.500 membros ativos de redes criminosas, anunciou nesta sexta-feira (7) a polícia, que apontou que aproximadamente outras 50.000 pessoas estão ligadas ao crime organizado.
Este país escandinavo, com 10,6 milhões de habitantes, luta há mais de dez anos para conter o aumento da violência relacionada a gangues. Lá, os tiroteios e os ataques com explosivos caseiros são quase diários devido a acertos de contas e ao controle do tráfico de drogas.
O governo pediu à polícia que fornecesse uma visão geral do crime organizado, e um primeiro relatório publicado em 2024 estimava em 14.000 o número de membros de grupos criminosos.
O método de cálculo mudou, explicou a chefe da polícia, Petra Lundh, durante uma coletiva de imprensa.
"Não vemos nenhum indício claro de aumento ou diminuição, embora os números deste ano pareçam ser mais altos", disse, destacando que "critérios rigorosos foram utilizados para determinar quem poderia ser considerado ativo".
Lundh reconheceu que "os grupos de criminosos ativos pertencentes a gangues, assim como aqueles ligados a elas, são numerosos demais".
O governo de direita do primeiro-ministro Ulf Kristersson foi formado em 2022 com a promessa de combater a criminalidade.
Concedeu amplos poderes à polícia e introduziu medidas destinadas a combater a delinquência juvenil, incluindo uma proposta para reduzir a idade de responsabilidade penal de 15 para 13 anos.
O governo também decidiu criar seções penitenciárias especiais para jovens em vez de centros fechados para menores, eliminar penas mais leves para jovens delinquentes e a possibilidade de que a polícia recorra a medidas coercitivas contra crianças para chegar aos autores intelectuais dos crimes.
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