Colombiano sobrevivente de ataque dos EUA recebe alta do hospital e fica em liberdade
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O colombiano sobrevivente de um dos ataques dos Estados Unidos no Caribe recebeu alta sem medidas de detenção, pois não há acusações contra ele, informaram autoridades à AFP nesta quarta-feira (5).
Em 18 de outubro, o homem de 34 anos chegou repatriado à Colômbia em estado grave de saúde após o submarino em que viajava ser bombardeado.
O governo indicou então que ele tinha "traumas no cérebro" e respirava com um ventilador, razão pela qual foi internado em um centro médico de Bogotá.
Um responsável da rede de hospitais da capital colombiana indicou que ele recebeu alta médica em 22 de outubro.
O ministro do Interior, Armando Benedetti, afirmou que ao se recuperar seria "processado" pela justiça como um "criminoso".
No entanto, uma fonte da promotoria destacou, na terça-feira (4), à AFP, que o sobrevivente "nunca esteve detido", já que não havia acusações contra ele. Por isso, uma vez que recebeu alta do hospital, pôde sair sem restrições.
"Nunca foi apresentado um relatório" que "indicasse que ele estava vinculado a uma estrutura criminosa", acrescentou.
Além do colombiano, um equatoriano sobreviveu ao ataque contra o submarino. A promotoria do Equador informou que ele ficou em liberdade, já que não possuía antecedentes criminais em seu país.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, a quem Washinton acusa de ser um "líder do narcotráfico", é crítico dos ataques dos Estados Unidos contra supostas embarcações do tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, que até agora deixaram pelo menos 67 mortos.
O mandatário considera que as vítimas são jovens pobres que, em alguns casos, trabalham para a máfia por necessidade.
A Colômbia acusa Washington de ter violado pelo menos uma vez a soberania de suas águas.
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