Prefeito assassinado no México contava com proteção oficial, diz governo
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O governo do México informou, neste domingo (2), que o prefeito assassinado na noite de sábado durante um evento público no estado de Michoacán, oeste do país, contava com proteção oficial desde dezembro do ano passado.
Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, foi assassinado a tiros durante um evento do Dia dos Mortos.
Manzo governava Uruapan desde setembro de 2024 e patrulhava as ruas do município com colete à prova de balas, enquanto denunciava a situação de violência ligada ao crime organizado na região.
Em setembro, ele pediu apoio do governo federal para o município.
"Estamos todos expostos, inclusive minha própria vida como presidente municipal", disse em suas redes sociais. "Não queremos ser mais um prefeito assassinado que entra para a estatística", declarou.
O secretário de Segurança Pública, Omar García Harfuch, disse, neste domingo, que Manzo "contava com proteção designada desde dezembro" e que "em maio deste ano houve um reforço adicional".
"A Guarda Nacional designou 14 agentes para apoiá-lo com a segurança periférica conforme o pedido do presidente municipal", acrescentou.
Harfuch afirmou que até o momento nenhuma linha de investigação sobre o crime está descartada.
Por sua vez, a presidente Claudia Sheinbam condenou o assassinato em sua conta no X. "Desde o início desta administração, temos reforçado a estratégia de segurança. Esses fatos tão lamentáveis nos impulsionam a fortalecê-la ainda mais", publicou.
A presidente convocou uma reunião com seu gabinete de segurança na manhã deste domingo, após o assassinato do prefeito.
Michoacán é um estado do oeste do México do tamanho da Costa Rica e com costa no Pacífico. É um importante produtor de abacate, principalmente para exportação aos Estados Unidos, e de outras frutas.
Operam no estado quadrilhas de narcotraficantes como o poderoso Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG) e a Nova Família Michoacana, classificadas em fevereiro como "organizações terroristas estrangeiras" pelo presidente americano, Donald Trump.
O assassinato do prefeito ocorreu poucos dias depois de Bernardo Bravo, representante dos produtores de limão de Michoacán, ter sido morto a tiros.
Bravo havia denunciado em várias ocasiões extorsões ao seu setor. Dias antes de sua morte, havia pedido segurança para que trabalhadores rurais e produtores pudessem trabalhar com tranquilidade.
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