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ONU e Cruz Vermelha denunciam atrocidades na cidade sudanesa de El Fasher

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A ONU e a Cruz Vermelha expressaram preocupação, nesta sexta-feira (31), diante dos alarmantes relatos de execuções, estupros coletivos e sequestros após a queda da cidade de El Fasher, no oste do Sudão, nas mãos dos paramilitares.

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A tomada de El Fasher ocorreu após 18 meses de cerco das Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares e marca um ponto de inflexão na guerra civil iniciada em abril de 2023.

Desde então, o Sudão é cenário de um conflito entre o general Abdel Fatah al Burhan, comandante do exército regular e líder de fato do país desde o golpe de Estado de 2021, e o general Mohamed Daglo, das FAR.

El Fasher ficou isolada de todas as comunicações desde sua queda, mas o Escritório de Direitos Humanos da ONU disse que teve conhecimento de atrocidades cometidas contra pessoas "aterrorizadas" que chegaram à cidade vizinha de Tawila.

"Recebemos relatos horrendos de execuções sumárias, assassinatos em massa, estupros, ataques contra trabalhadores humanitários, saques, sequestros e mobilizações forçadas", declarou o porta-voz Seif Magango.

O escritório também recebeu vídeos "impactantes" e outras imagens que mostravam "graves violações do direito internacional humanitário e violações flagrantes dos direitos humanos", informou a jornalistas em Genebra, falando de Nairóbi.

As FAR afirmaram que vários combatentes acusados de abusos durante a tomada de El Fasher foram detidos.

"Estimamos que o número de vítimas entre a população civil e as pessoas fora do combate durante o ataque das Forças de Apoio Rápido à cidade e suas vias de saída, assim como nos dias posteriores à tomada do poder, poderia chegar a centenas", afirmou Magango.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde afirmou ter verificado que ao menos 460 pacientes e outras pessoas morreram na terça-feira (28) nos ataques contra o Hospital Materno saudita, o último parcialmente operacional em El Fasher.

Mirjana Spoljaric, presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, denunciou que as instalações "que antes se dedicavam a salvar vidas se transformaram em cenários de morte e destruição".

Magango também condenou os "alarmantes informes de violência sexual" em El Fasher, afirmando que "ao menos 25 mulheres foram estupradas em grupo quando as forças das FAR entraram em um refúgio para pessoas deslocadas".

nl/rjm/tw/hgs/eg/rm/mvv

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