Internacional

Metade dos povos indígenas isolados do mundo pode desaparecer em dez anos, adverte ONG

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Cerca da metade dos povos indígenas que vivem voluntariamente isolados do mundo corre o risco de desaparecer nos próximos dez anos, ameaçados pela exploração florestal e mineradora, por projetos de infraestrutura e até pelo turismo, advertiu nesta segunda-feira (27) uma ONG.

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"Queremos que o mundo e, em particular, os governos e as empresas industriais reconheçam essa urgência mundial e ajam a respeito", pediu a diretora executiva da Survival International, Caroline Pearce, durante uma coletiva de imprensa em Londres, ao lado do ator americano Richard Gere, defensor dessa causa há muito tempo.

Segundo a ONG, que publicou um relatório para alertar sobre as ameaças enfrentadas por essas populações indígenas, existem cerca de 196 povos e grupos "não contatados" — que desejam viver isolados de outras sociedades humanas — em dez países.

Mais de 90% deles vivem na floresta amazônica, principalmente no Brasil. Mas também foram detectados alguns na Indonésia e na Índia.

"No Peru, o governo está eliminando leis" que protegem os direitos dos povos indígenas, criticou nesta segunda-feira. "Nós não estamos pedindo favores aos estados. É um direito ancestral de muitas décadas".

"Quase metade enfrenta ameaças tão graves que, se não forem tomadas medidas, podem desaparecer em dez anos", advertiu a diretora da ONG, que reivindica a criação de zonas protegidas.

Entre os mais ameaçados está a comunidade kakataibo, na região de Ucayali, no Peru.

Herlin Odicio, membro desse grupo, embora ele próprio não viva isolado, luta para que as autoridades peruanas protejam os kakataibo, especialmente diante do desmatamento ilegal e das plantações de coca.

"No Peru, o governo está eliminando leis" que protegem os direitos dos povos indígenas, criticou ele nesta segunda-feira. "Não estamos pedindo favores aos Estados. É um direito ancestral de muitas décadas", acrescentou.

Em princípio, o direito internacional protege os povos indígenas e, em particular, seu direito de viver em suas terras. No entanto, no que diz respeito às legislações nacionais, quando existem, "sua aplicação costuma ser deficiente", lamenta a Survival International.

mhc/cat/bds/sag/mb/lm/am

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