Internacional

Colômbia acusa EUA de cometer 'execuções extrajudiciais' em águas internacionais

Publicidade
Carregando...

O governo de Donald Trump comete "execuções extrajudiciais" em seus ataques no Caribe e no Pacífico, nos quais 37 pessoas morreram, afirmou nesta quinta-feira (23) o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

Durante uma coletiva de imprensa em Bogotá, o mandatário de esquerda rejeitou o desdobramento militar lançado por Washington desde agosto em águas internacionais, com uma flotilha de destróieres, um submarino e navios com forças especiais.

"Nesse tipo de manobras, que acreditamos violar o direito internacional, os Estados Unidos (...) estão cometendo execuções extrajudiciais", disse o presidente Petro, que pede que os supostos traficantes de drogas sejam levados à Justiça e não assassinados.

Desde 2 de setembro, Washington ataca embarcações que supostamente transportam drogas e publica vídeos dos destroços em chamas.

"Há um uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário", insistiu o presidente.

Trump e Petro entraram em uma guerra de palavras que oscila em tom, em meio à pior crise entre dois países que durante décadas tiveram uma das relações mais estreitas da região.

Washington contabilizou nove ataques que deixaram 37 mortos. Na quarta-feira, anunciou os dois primeiros no Pacífico, e ao menos um deles ocorreu perto de águas colombianas, segundo uma fonte militar.

– "Ele me caluniou" –

A Colômbia denuncia que, ao longo dessas operações, os Estados Unidos violaram águas nacionais e, em um desses ataques, assassinaram um pescador colombiano.

"O mar do Caribe está repleto de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis. (...) Inclusive, um pescador de Santa Marta foi assassinado em seu barco", insistiu Petro.

Os Estados Unidos retiraram neste ano a Colômbia da lista de países aliados na luta contra o narcotráfico e revogaram o visto de Petro e de vários de seus funcionários.

"Quando anularam a certificação antidrogas, achamos muito paradoxal e obviamente recebemos isso como se fosse um insulto", disse o presidente.

Trump acusa Petro de ser um "líder narcotraficante" e um "meliante".

"O senhor Trump me caluniou e insultou a Colômbia", respondeu Petro em uma coletiva de imprensa com meios internacionais na sede presidencial.

Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos disse que prepara ataques contra narcotraficantes que operam por terra, pois, segundo ele, por via marítima está diminuindo a saída de drogas para seu país.

Ele deve "ter cuidado, porque tomaremos ações contra ele e contra seu país", advertiu Trump a Petro.

O presidente colombiano chamou nesta semana seu embaixador em Washington para consultas.

Em uma entrevista à AFP na quarta-feira, o diplomata Daniel García-Peña manifestou preocupação com as declarações de Trump, que classificou como "inaceitáveis".

das-lv/mr/am

Tópicos relacionados:

colombia eua narcotrafico politica

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay