Ministério Público turco pede penas severas de prisão contra 7 prefeitos da oposição
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O Ministério Público de Istambul pediu nesta segunda-feira (20) penas severas de prisão contra sete prefeitos da oposição turca suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa, informou a agência estatal Anadolu.
Os sete prefeitos, detidos entre janeiro e julho, são membros do social-democrata CHP, o maior partido de oposição, alvo de investigações e prisões há um ano.
O Ministério Público solicitou 415 anos de prisão para Riza Akpolat, prefeito do distrito de Besiktas, em Istambul, acusado, entre outras coisas, de "pertencer a uma organização criminosa", "fraudar licitações" e "enriquecimento ilícito", segundo a acusação citada pela Anadolu.
Os outros seis prefeitos, processados por "fraude em licitações" e "aceitação de propina", podem pegar até 18 anos de prisão.
Também foi pedido mais de 700 anos de prisão para Aziz Ihsan Aktas, empresário acusado de chefiar a suposta organização criminosa.
Ainda não foi divulgada a data de início do julgamento.
O popular prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, também do CHP, foi detido e preso em março sob acusação de "corrupção", que ele nega.
A prisão de Imamoglu, considerado o principal rival do presidente Recep Tayyip Erdogan, desencadeou um movimento de protesto inédito na Turquia desde 2013.
Os apoiadores do CHP, que venceu as eleições locais do ano passado derrotando a coalizão governista, acusam o governo turco de tentar enfraquecer a oposição com o apoio do sistema judiciário.
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