Internacional

Grécia critica Museu Britânico por jantar em frente aos frisos do Partenon

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A ministra grega da Cultura, Lina Mendoni, denunciou nesta segunda-feira (20) a "indiferença provocadora" do Museu Britânico, que organizou um jantar de arrecadação de fundos na galeria onde estão expostos os frisos do Partenon.

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"A segurança, a integridade e a dignidade dos monumentos deveriam ser a principal preocupação do Museu Britânico que, mais uma vez, demonstrou uma indiferença provocadora", comentou após o evento, que no sábado reuniu 800 convidados, entre os quais celebridades como Mick Jagger e Naomi Campbell.

A funcionária lembrou que havia "condenado repetidamente os jantares, recepções e desfiles de moda realizados em museus, onde são exibidos monumentos e obras de arte", e acrescentou que "tais iniciativas são ofensivas aos bens culturais" e "colocam em risco as peças".

Criticou que os frisos do Partenon, tesouros arqueológicos de cerca de 2.500 anos de antiguidade, fossem utilizados "como elementos decorativos para o jantar organizado pelo Museu Britânico".

As personalidades presentes no sábado compraram seus ingressos por 2.000 libras (quase 15 mil reais) e jantaram em mesas dispostas entre as obras-primas do museu, particularmente na Galeria Duveen, onde estão conservados os frisos do Partenon.

Esses antigos vestígios são objeto de uma disputa histórica entre a Grécia e a instituição inglesa.

Em dezembro, ambas as partes pareciam estar próximas de uma solução, e o Museu Britânico expressou sua disposição para uma "colaboração de longo prazo" com Atenas.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, firme defensor da devolução desses tesouros arqueológicos expostos em Londres há dois séculos, disse estar "convencido" de que os mármores do Partenon retornariam a Atenas.

Desde então, as conversas não resultaram em avanços concretos. Uma lei britânica de 1963 impede o museu de realizar restituições.

Mas a Grécia, que há décadas exige a devolução desses preciosos frisos retirados do Partenon, está decidida a recuperar seu patrimônio.

As autoridades gregas sustentam que foram objeto de um "saque" orquestrado em 1802 por Lord Elgin, embaixador britânico no Império Otomano.

Mas Londres defende que as esculturas foram adquiridas legalmente por Lord Elgin, que as revendeu ao Museu Britânico.

yap/msr/mb/dd/aa

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