Acusadora do príncipe Andrew diz que ele agiu como se dormir com ela fosse um 'direito de nascença'
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Virginia Giuffre, a principal acusadora no caso Jeffrey Epstein, relatou em suas memórias póstumas as relações que mantinha na adolescência com o príncipe Andrew, a quem ela acusou de acreditar que dormir com ela "era seu direito de nascença".
O jornal britânico The Guardian publicou trechos das memórias póstumas da mulher que cometeu suicídio em abril de 2025 na Austrália, aos 41 anos.
Giuffre emergiu como a principal voz das vítimas do financista americano Epstein, que tirou a própria vida na prisão em 2019, antes mesmo de ser julgado.
Em seu livro "Nobody's Girl", com lançamento previsto para 21 de outubro, ela afirma que Einstein a usou como "escrava sexual" no início dos anos 2000.
As memórias também descrevem suas relações com o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III da Inglaterra, a quem ela processou em 2021.
O filho de Elizabeth II sempre negou as acusações e evitou um julgamento em Nova York pagando vários milhões de dólares.
Segundo o relato de Giuffre, ele a conheceu em março de 2001, quando ela estava em Londres, na casa de Ghislaine Maxwell, amiga e cúmplice de Epstein.
Maxwell acordou Giuffre certa manhã, prometendo à menina, então menor de idade, que "assim como Cinderela", ela conheceria "um príncipe encantador".
Giuffre afirma que Andrew adivinhou sua idade. "Minhas filhas são só um pouquinho mais novas que você", teria dito o príncipe, segundo suas memórias.
"Ele era amigável o suficiente, mas ainda tinha um ar de autoridade, como se acreditasse que fazer sexo comigo era seu direito de nascença", escreveu Giuffre.
bur-psr/dbh/aa