CAS mantém exclusão de ginastas israelenses do Mundial da Indonésia
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A Corte Arbitral do Esporte (CAS) manteve a exclusão dos ginastas israelenses do Mundial que será disputado na Indonésia de 19 a 25 de outubro, segundo uma resolução da principal instância judicial esportiva publicada nesta terça-feira.
Após a decisão das autoridades da Indonésia de não conceder vistos aos ginastas israelenses, a federação do país recorreu à CAS para que o tribunal obrigasse a Federação Internacional de Ginástica (FIG) a "garantir a participação da equipe israelense no Mundial" ou "transferir ou cancelar o evento".
As solicitações cautelares "foram rejeitadas", informa a resolução da CAS, que examinou o caso com urgência, já que o Mundial de Ginástica começa no próximo domingo em Jacarta.
A CAS, no entanto, continua examinando o mérito de um dos dois recursos apresentados pela federação israelense e pelos "seis atletas israelenses classificados" para o Mundial, incluindo Artem Dolgopyat, campeão mundial em 2023 e medalhista de ouro no solo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
A federação israelense considera que os estatutos da FIG obrigam seu comitê executivo a "tomar uma decisão" em caso de recusa de visto aos atletas, e que esta falta de decisão "constitui uma negação de justiça, criando assim uma situação de discriminação contra uma federação membro".
A FIG argumenta, segundo o comunicado da CAS, "que não tem prerrogativas na emissão de vistos de entrada na Indonésia" e que a decisão das autoridades de Jacarta "está completamente fora de sua competência".
Na quinta-feira da semana passada, o ministro indonésio de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos, Yusril Ihza Mahendra, anunciou que o país, o de maior população muçulmana do mundo, "não manterá qualquer contato com Israel até que Israel reconheça a existência de uma Palestina livre e soberana" e que por este motivo negava o visto aos ginastas israelenses.
No dia seguinte, a FIG se limitou a "tomar nota" da decisão de Jacarta, sem criticar o governo da Indonésia diretamente ou considerar a transferência de sede da competição.
A entidade apenas expressou a esperança de que "seja criado o mais rápido possível um ambiente onde os atletas de todo o mundo possam praticar esportes de forma segura e tranquila".
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