Taiwan quer continuar sua cooperação militar e industrial com os EUA, apesar das tarifas

Taiwan quer continuar fortalecendo sua cooperação militar e industrial com os Estados Unidos, apesar da guerra comercial iniciada pelo governo de Donald Trump, disse neste domingo (11) um funcionário de Taipei em Washington.

O governo americano impôs tarifas alfandegárias a todos os seus parceiros comerciais. Taiwan foi taxado em 32%, com exceção dos semicondutores, produto no qual essa ilha é líder, até que Trump suspendeu a tarifa em meados de abril por três meses.

Sob pressão, o gigante taiwanês desses sofisticados chips TSMC revelou recentemente um projeto de investimento de 100 bilhões de dólares (565 bilhões de reais) adicionais nos Estados Unidos.

"Vimos o mundo inteiro manifestar sua preocupação sobre a questão das tarifas e nosso presidente, Lai Ching-te, já se reuniu com os diretores de grandes empresas taiwanesas", contou Kung Ming-hsin, membro do governo de Taiwan, durante uma visita a Washington para participar de uma cúpula de investidores.

Apesar desta situação de incerteza, "buscamos desenvolver nossa cooperação com os Estados Unidos", especialmente no campo militar, acrescentou Kung.

"Podemos fazer pesquisa e desenvolvimento conjunto no campo dos drones, por exemplo. Os Estados Unidos têm tecnologias avançadas e Taiwan é muito bom em produzir massivamente esse tipo de tecnologia", ressaltou.

Kung lidera em Washington uma comitiva de 183 delegados de Taiwan, o maior contingente estrangeiro no evento de investimentos SelectUSA, que representa 138 empresas e empreendimentos taiwaneses que buscam explorar oportunidades de investimento e cooperação nos EUA.

Em 2024, Taiwan foi o sétimo parceiro comercial mais importante para os Estados Unidos, com 157,9 bilhões de dólares (892 bilhões de reais), segundo Kung.

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