Israel anunciou nesta quarta-feira (8) a reabertura da passagem de Kerem Shalom, na fronteira com a Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária, três dias após o fechamento do local devido a um ataque com foguetes que matou quatro soldados.

A passagem de Kerem Shalom fica no sul da linha fronteiriça entre Israel e a Faixa, nas imediações da cidade palestina de Rafah, onde as autoridades israelenses ameaçam executar uma operação em larga escala que provoca grande preocupação na comunidade internacional.

"Caminhões procedentes do Egito estão chegando ao local com ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, material para abrigo, medicamentos e equipamentos médicos fornecidos pela comunidade internacional", afirmou o Exército israelense em um comunicado conjunto com o COGAT, uma agência vinculada ao Ministério da Defesa que supervisiona as questões civis nos territórios palestinos.

Os suprimentos entrarão no território palestino após uma inspeção, segundo o comunicado.

Porém, Juliette Touma, porta-voz da UNRWA, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, declarou à AFP que "a passagem (de Kerem Shalom) não estava aberta" no meio da manhã.

As duas passagens de fronteira, de Kerem Shalom (entre Israel e Gaza) e Rafah (entre o Egito e Gaza), "estão fechadas", insistiu. "Pedimos a reabertura".

"Não houve fornecimentos humanitários nos últimos três dias, começamos a racionar combustível", disse Touma.

O texto do Exército israelense informa que outra passagem de fronteira, a de Erez, entre Israel e o norte da Faixa, também está aberta para a entrada de ajuda.

Israel fechou a passagem de fronteira de Kerem Shalom no domingo, após um ataque com foguetes reivindicado pelo braço armado do movimento islamista palestino Hamas. A ação matou quatro soldados israelenses e deixou vários feridos.

As forças israelenses também assumiram o controle da passagem fronteiriça de Rafah na terça-feira, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.

ONU e Estados Unidos, o principal aliado de Israel, criticaram o fechamento das passagens de fronteira, essenciais para a entrada de ajuda humanitária no território cercado.

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