Os líderes da União Europeia (UE) iniciaram nesta quinta-feira (18) em Bruxelas uma discussão sobre alternativas para que o bloco recupere o terreno perdido para Estados Unidos e China, além de explorar de modo mais eficiente o seu mercado interno.

O consenso é que o bloco europeu está perdendo posições na disputa mundial pela inovação, o que inclui o mercado de baterias para automóveis elétricos ou a Inteligência Artificial.

Ao mesmo tempo, a indústria perde mercados, afetada pelo aumento nos preços da energia desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia.

A economia da UE está há mais de um ano e meio em um cenário de estagnação: o crescimento do bloco atingiu o ponto máximo em 2023 com 0,4%, muito abaixo dos 2,5% nos Estados Unidos e dos 5,2% da China.

O maior desafio, no entanto, será implementar a transição digital e para as energias limpas, que a UE considera prioritárias, mas que exigirão investimentos adicionais monumentais, de centenas de bilhões de euros.

"A competitividade é um tema fundamental. E enfrentamos desafios complicados", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Precisamos implementar um novo acordo sobre competitividade. É nosso propósito e objetivo", acrescentou.

No encontro na capital belga, os líderes da UE discutem um relatório detalhado elaborado pelo ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta. 

"Não há tempo a perder. O espaço entre a União Europeia e os Estados Unidos, em termos de desempenho econômico, está aumentando", afirmou Letta.

O relatório de 147 páginas do italiano destaca que a chave das dificuldades é a ausência de um mercado único realmente integrado, devido às diferentes regulamentações nacionais.

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