O ex-candidato presidencial da direita salvadorenha em 2014 Norman Quijano foi condenado a 13 anos de prisão por fraude eleitoral, acusado de entregar US$ 100 mil (R$ 526 mil) às gangues para obter seus votos, informou o Ministério Público nesta terça-feira (16).

Quijano, de 77 anos, da Aliança Republicana Nacionalista (Arena, direita), "foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de fraude eleitoral e associação ilícita", afirmou o Ministério Público (MP) na rede social X.

A condenação, segundo o MP, foi imposta pela Segunda Câmara Penal de San Salvador, que também "o impediu de exercer o cargo que ocupa atualmente" como deputado no Parlamento Centro-Americano.

Quijano participou das eleições de 2 de fevereiro de 2014 e perdeu no segundo turno em 9 de março para o candidato do Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), Salvador Sánchez Cerén (2014-2019).

Segundo as provas apresentadas pelo MP, Quijano teria entregue à Mara Salvatrucha (MS-13) US$ 50 mil (R$ 263 mil) e 25 mil (R$ 131,5 mil) a cada uma das duas facções da gangue Barrio 18 (Revolucionários e Sureños).

Quijano, ex-prefeito de San Salvador, colocou a faixa presidencial no atual presidente Nayib Bukele como presidente da Assembleia Legislativa em 1º de junho de 2019.

O advogado de defesa de Quijano, Lisandro Quintanilla, disse à imprensa que vai recorrer da sentença.

cmm/mis/am