O forte crescimento dos Estados Unidos tem ajudado a melhorar a perspectiva da economia mundial, embora persistam desafios, afirmou nesta quinta-feira (11) a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"O crescimento global está ligeiramente mais forte devido à atividade robusta nos Estados Unidos e em muitas economias de mercado emergentes", disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

A economia dos Estados Unidos cresceu 2,5% no ano passado, de acordo com dados oficiais, superando com folga outras economias avançadas.

"O consumo robusto dos lares, o investimento em negócios e a redução nos problemas das cadeias de suprimentos ajudaram", constatou Georgieva, acrescentando que "a inflação está caindo, de certa forma mais rápido do que o esperado".

Os comentários são feitos poucos dias antes do início das reuniões de líderes financeiros mundiais, organizadas pelo FMI e o Banco Mundial em Washington.

As declarações de Georgieva sugerem que, agora, o FMI espera um crescimento da economia mundial maior do que o previsto em janeiro, quando projetou um avanço de 3,1% para 2024 e 3,2% para 2025.

"É tentador respirar aliviado. Evitamos uma recessão global e um período de 'estagflação' (estagnação econômica com inflação) que alguns haviam previsto", afirmou. "Mas ainda há muitas coisas com as quais se preocupar", ponderou.

Entre os desafios, mencionou as tensões geopolíticas, que aumentam o risco de fragmentação da economia mundial, e os desafios da crescente dívida pública e de uma "desaceleração da produtividade".

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